O vereador Francisco Cunha (PSD/MPT) criticou a contratação pela Câmara de Alpiarça de um revisor oficial de contas (ROC) da Marinha Grande. Francisco Cunha não concorda que a autarquia vá gastar 30 mil euros mais IVA por três anos à empresa G. Marques, Unipessoal Lda., quando existem empresas na região que fazem o serviço por “metade do preço”. A Câmara de Alpiarça não tinha serviço de ROC o que passou a ser obrigatório após a entrada em vigor da lei 73/2013 que obriga à “certificação legal das contas”. O vereador João Pedro Arraiolos (CDU) explicou que depois de sair a lei a câmara foi contactada por várias empresas a nível nacional. “Analisamos as propostas informalmente e optamos por fazer um ajuste directo com esta empresa porque, entre todas, foi a que reuniu melhores condições”, justificou em sessão camarária.Francisco Cunha critica a posição do executivo CDU porque, depois de pesquisar, verificou que as câmaras vizinhas de Chamusca e Almeirim, ambas com quase o dobro do orçamento de Alpiarça, pagam 7700 euros e 9900 euros por ano, respectivamente. O vereador da oposição não gostou também de saber que o ROC agora contratado é um ex-membro do Comité Central do PCP e ex-autarca da CDU na Marinha Grande. “Não me custa nada que o ROC seja membro do PCP. O que me custa é perceber que a Câmara de Alpiarça vai perder cerca de 15 mil euros por ano quando pode contratar empresas com a mesma credibilidade, que são da região e mais baratas”, sublinhou.O presidente da câmara, Mário Pereira (CDU), reforçou a explicação do vereador João Pedro Arraiolos, dizendo que esta empresa foi a que ofereceu melhores condições. No entanto, referiu que ao longo deste ano vão avaliar a prestação da empresa e aferir de outras propostas e currículos. “No devido momento decidiremos manter ou revogar este contrato”, concluiu.A proposta foi aprovada com o voto contra do vereador Francisco Cunha. O vereador socialista, Pedro Gaspar, não esteve presente na reunião por motivos de saúde.