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Revolucionário Manuel Serra d’Aire

Há um novo mistério para as bandas de Fátima que promete dar que falar e, quem sabe, alcançar o estatuto de milagre. Falo das obras realizadas num campo de futebol em Ourém, que tem o curioso nome de campo da Caridade, e de que ninguém assume a autoria. Geralmente, quando há obra feita, ninguém se importa de ficar com os louros da sua paternidade. É por isso que se descerram lápides com os nomes dos autores nas inaugurações. Neste caso, fizeram-se obras, que entretanto pararam, mas tanto a Câmara de Ourém, que é dona do campo, como o clube que habitualmente utiliza o recinto desportivo garantem que nada têm a ver com a empreitada. Perante estas afirmações (e como não é de crer que haja mecenas que se predisponham a ir gastar dinheiro a fazer obras em campo alheio e ainda por cima sem dizer nada a ninguém), não custa deduzir que se trata de mais uma das famosas aparições que por aquela zona acontecem. E desta vez não protagonizada por uma intangível Nossa Senhora vestida de branco. Agora trata-se de uma aparição em forma de tijolos e cimento, bem palpável e suficiente para convencer até os mais cépticos apoiantes de São Tomé. Outro milagre de truz aconteceu não muito longe dali, em Torres Novas, o que também não terá sido por acaso, ou não fosse território onde outra santa, a da Ladeira, ganhou fama e proveito no século XX. A Câmara de Torres Novas diz que vai finalmente pagar à vencedora os 10 mil euros do Prémio Maria Lamas instituído em 2010 e, mais extraordinário ainda segundo se leu na imprensa, o despacho a autorizar o pagamento foi ainda assinado pelo anterior presidente da autarquia, em Setembro de 2013. Por que razão só agora isso se soube é coisa que me escapa, mas a tal não deverá ser alheia a reconhecida modéstia do presidente António Rodrigues, que não quis deixar a autarquia sem acertar contas com a senhora que ganhou o prémio. Espero que não lhe dêem a notícia de chofre e que a preparem primeiro, pois estas surpresas por vezes são traiçoeiras para o coração.Imarcescível Manel tens toda a razão acerca da praga do zumba, que alastrou entre o mulherio e está presente em tudo o que seja iniciativa, quer se comemore o 25 de Abril, o 1º de Maio ou o Dia de Finados. Confesso que não me desagrada ver mulheres aos saltos, em movimentos por vezes lascivos e com roupas apertadinhas coladas ao corpo. Mas entendo, por uma razão de decoro e intimidade, que certas figuras se devem fazer na privacidade do lar e não numa qualquer praça da nossa cidade. Além disso, há coisas no zumba que não batem certo. Tal como eu fico grotesco vestido de fato e gravata, também algumas das praticantes de zumba deviam ter mais cuidado com a indumentária quando praticam tal coisa. Banhas comprimidas em licra, a abanarem tipo gelatina e a ameaçarem transbordar a qualquer momento não constituem propriamente o cenário mais agradável para a vista. Eu sei que as gordinhas também têm direito à vida, eu aliás gosto muito de chicha, mas, caramba, tenham lá um pouco mais de recato. Ponham os olhos nas moçoilas dos ranchos folclóricos que nem os tornozelos deixam ver...Saudações proletárias do Serafim das Neves

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