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O engenheiro agrónomo que trabalha com gosto na promoção do mundo rural

O engenheiro agrónomo que trabalha com gosto na promoção do mundo rural

Jorge Rodrigues é coordenador da ADIRN - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte

O responsável também é vice-presidente da Federação “Minha Terra”. Convive bem com o imprevisto e a sua actividade leva-o a viajar várias vezes ao ano para se encontrar com parceiros da associação.

Influenciado pelo pai que trabalhava no Ministério da Agricultura, em criança dizia que queria ser veterinário ou agrónomo. Acabou por decidir pela segunda opção mas o rumo que o percurso profissional tomou levou-o a trocar a produção agrícola em prol da promoção do desenvolvimento do mundo rural. Jorge Rodrigues, 51 anos ,é o coordenador da ADIRN - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, com sede em Tomar, estando ligado à mesma desde a sua fundação. Já lá vão 23 anos. Natural de Faro, Jorge Rodrigues mudou-se para Tomar há cinquenta anos, cidade para onde os pais vieram trabalhar, e por isso considera-se “mais tomarense do que algarvio”. Ali fez o liceu antes de rumar a Lisboa onde tirou o curso de Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia. Seguiu-se uma pós-graduação em “Segurança e Actividades OutDoor” na Faculdade de Motricidade Humana. Depois de concluir o curso, com 26 anos, regressou a Tomar atraído “pela qualidade de vida” da cidade, trabalhando como supervisor do Recenseamento Geral da Agricultura, o seu primeiro trabalho. Seguiu-se a integração numa equipa pluridisciplinar para fazer o estudo PEDAR - Programa de Desenvolvimento Agrário Regional sobre as potencialidades agrícolas e de desenvolvimento rural da zona, com cerca de 50 entidades envolvidas na comissão de acompanhamento. Um trabalho que se prolongou durante dois anos e do qual resultou a constituição da ADIRN. “Após a realização deste estudo sugerimos a constituição da ADIRN a estas entidades e por isso foi o PEDAR que foi a base da ADIRN, que surgiu em 1991”, conta.A associação trabalha no território de seis concelhos (Alcanena, Ferreira do Zezêre, Ourém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha), sendo uma entidade de direito privado e sem fins lucrativos. Apoiada nos conhecimentos e experiência dos associados, desenvolve projectos e iniciativas que visam o desenvolvimento integrado e a melhoria das condições de vida da população residente. “No início da constituição da ADIRN surgiu a iniciativa comunitária Leader, uma proposta da Comissão Europeia, para dotar estas associações de algum financiamento para fazer projectos pilotos. Achámos que tudo o que estava no PEDAR podia ajudar a desenvolver a região e acelerámos a constituição da associação para nos podermos candidatar a esses fundos comunitários e ter financiamento para o arranque”, recorda. Sem um dia tipo definido e com uma disponibilidade de 24 horas, Jorge Rodrigues confessa que passa pouco tempo na sede da ADIRN, confiando totalmente na equipa que lidera. Em contacto permanente com o conselho de administração, com quem tem uma excelente relação, tenta implementar no terreno as deliberações que são tomadas de acordo com o plano estratégico que indica como prioridade o apoio aos projectos que conseguem candidatar. “Tenho que garantir a boa aplicação dos fundos que recebemos e criar redes para que as coisas resultem. Tento estar muito no terreno e acompanhar as iniciativas a nível local. Não se consegue fazer desenvolvimento rural das nove às cinco”, exemplifica. Jorge Rodrigues, que também é vice-presidente da Federação “Minha Terra”, convive bem com o imprevisto e a sua actividade leva-o a viajar várias vezes ao ano para se encontrar com parceiros da associação e participar ou dar acções de formação. Já conta, entre as viagens profissionais e pessoais, a visita a mais de 30 países no mundo.Em paralelo a associação dinamiza vários projectos de animação turística tais como a “Festa Templária” em Tomar, e de promoção de produtos locais. Mais recentemente lançaram uma escola de artes medievais. “Queremos e devemos pôr o território a mexer”, atesta. Nos tempos livres gosta de praticar actividades radicais e de turismo de aventura, nomeadamente mergulho aquático. “Gosto muito do que faço e tenho espaço para a inovação e criatividade. Sinto que o nosso trabalho contribui, de forma efectiva, para a melhoria do nosso território e isso é recompensador”, conclui.
O engenheiro agrónomo que trabalha com gosto na promoção do mundo rural

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