Até que enfim que o tecido empresarial já começa a falar de outros custos de produção para além da massa salarial, já que só essa é que tem contado e por isso tem sido desvalorizada abruptamente por este governo, como se o factor trabalho fosse o único a contar para os custos finais de produção. De facto, toda a gente sente na carteira o peso enorme dos custos da energia eléctrica, do gás e dos restantes combustíveis. Mas isso é difícil de mexer na medida em que os grupos que combinam os preços estão em patamares muito elevados por terem condições de excepção. Mas, admiro-me que, para além das energias, o tecido empresarial não se queixe também dos custos bancários cujos serviços são caríssimos, como todos sabemos, e ainda por cima porque se trata de uma “mercadoria”, para além de cara, também é rara.Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro