O cabeça de lista do Partido da Terra às eleições europeias de 25 de Maio, Marinho Pinto, visitou a redacção de O MIRANTE em Santarém na manhã desta terça-feira, 22 de Abril. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, que foi o primeiro a apresentar-se como candidato, em Janeiro deste ano, está a percorrer o país, tentando visitar o maior número possível de instituições, no âmbito de uma campanha que classifica como “humanista”. Um dos seus objectivos é contribuir para que os eleitores não se abstenham e que percebam que é importante estarem representados por quem defenda os seus interesses no Parlamento Europeu. Quando interrogado sobre as possibilidades de vir a ser eleito concorrendo por um partido com pequena expressão eleitoral, usa o humor para responder. “Quem sabe são os eleitores. Não é por acaso que há quem considere que o voto secreto foi a maior invenção depois da roda”. Se for eleito Marinho Pinto promete, a partir de Bruxelas e Estrasburgo, um combate sem tréguas à corrupção e ao tráfico de influências, apostando em dar maior visibilidade à função de deputado europeu, assumir causas de direitos humanos e defesa dos interesses das pessoas. “A minha candidatura é uma candidatura humanista”, explica.Enquanto Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto foi orador numa iniciativa de O MIRANTE em Setembro de 2010, no âmbito do aniversário do jornal, tendo defendido, com a frontalidade que lhe é reconhecida, que a justiça não acompanhou a evolução geral do país. “A última grande reforma que existiu na justiça foi no tempo de Marquês de Pombal. Depois disso só houve remendos”, afirmou na altura, tendo também alertado para o facto de “(...) os juízes facínoras do Estado Novo que condenavam pessoas inocentes” terem passado, após o 25 de Abril, para os tribunais comuns.