Vereador do PS abandona comissão de acompanhamento do PDM
CDU e PSD criticam a atitude de José Rocha
O vereador socialista na oposição na Câmara de Benavente, José Rocha, envolveu-se em mais uma polémica agora ao abandonar a comissão de acompanhamento da revisão do Plano Director Municipal (PDM). A atitude do autarca levou os eleitos da CDU, que gere o município, e do PSD, a acusarem-no de incompetência. O presidente do município Carlos Coutinho disse que José Rocha faltou à reunião da comissão sem dar qualquer explicação, nem atender as chamadas, e que só depois soube que este não estaria disponível para continuar a analisar o processo que já leva oito anos. José Rocha disse numa entrevista à Rádio Íris que saiu da comissão porque o assunto estava a ser conduzido pelo ex-presidente António Ganhão e o ex-vereador Miguel Cardia, alegando existir falta de transparência no fornecimento de documentos. Na última reunião de câmara, o presidente da autarquia reagiu em tom irritado. “Só eu determino as minhas acções. Apenas convoquei o ex-presidente e o ex-vereador para uma reunião com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR) porque estavam directamente envolvidas com o processo durante alguns anos”, explicou Carlos Coutinho. Acrescentando que Rocha nunca lhe tinha pedido qualquer documento, apesar de ter anunciado no início do mandato que os documentos sobre o PDM estavam disponíveis.O vereador socialista afirmou que não tinha tempo para consultar todos os documentos porque trabalhava e esperava que houvesse mais reuniões da comissão tripartida, formado pelos representantes das forças políticas na câmara, para esclarecimentos de diversas situações. “Não houve mais reuniões porque estávamos à espera de um parecer da CCDR para continuarmos com os trabalhos”, explicou Coutinho salientando que eram os autarcas do PS que lhe deviam ter fornecido a informação para estar dentro do assunto. As críticas ao comportamento do socialista também surgiram do PSD. O vereador José da Avó referiu que antes de José Rocha ter aceitado o cargo deveria ter pensado se tinha tempo disponível para o exercer. “Não me sinto enganado ou defraudado com o processo de revisão do PDM. Quando entrei há quatro anos para a câmara também tive que estudar o processo”, salientou. No final o vereador do PS disse que a câmara não precisava do seu partido para aprovar o PDM e que o PS não está disponível para continuar na comissão. Recorde-se que em Janeiro José Rocha já se tinha envolvido numa polémica ao atacar José d’Avó, por este não ter estado na reunião em que se discutiu o orçamento do município. O eleito social-democrata mandou o socialista preocupar-se mais com o seu trabalho do que com os outros.
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