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Casas do Benfica festejam título nacional

Casas do Benfica festejam título nacional

O 33º título do campeonato nacional de Futebol foi conquistado pelo Benfica no dia 20 de Abril e para a história ficam as imagens da afluência de pessoas no Marquês de Pombal, em Lisboa. Mas houve mais festejos a norte e a sul do país com principal incidência nas Casas que ostentam o símbolo do clube. Quando entramos na Casa do Benfica de Samora Correia deparamo-nos com Artur Rodrigues a esfregar o chão dos excessos da noite anterior. “Estiveram mais de 50 pessoas. O espaço ficou sobrelotado”. Pouco depois chega o presidente da casa António Chaparro confessando as poucas horas de sono. Viu o jogo no estádio da Luz mas depois resolveu voltar para Samora e para a Casa que preside onde ficou até às 3h30 da manhã. “Já aqui estava instalada uma grande festa. Andamos a apitar por toda a freguesia com bandeiras e cachecóis”.Nada disto foi diferente em Vila Franca de Xira. Depois de terem estado mais de 80 pessoas na Casa da região, os festejos foram para o Largo da Câmara apesar de alguns sócios se terem dirigido para Lisboa. “Foi uma festa muito grande. Já estávamos à espera deste resultado no ano passado”, conta Luísa Rodrigues que apesar de se chatear com a “gritaria” garante que não se saturou do som das buzinas e dos megafones. Para Paulo Novais, director das actividades desportivas, a conquista do título nacional representou o fim de um ciclo depressivo. “Este ano só fui ver um jogo ao estádio. Estava traumatizado pelo facto de na época passada termos perdido tudo mas agora começa uma nova fase”, afiança Paulo.Na Póvoa de Santa Iria chegaram a enfeitar a principal rotunda da freguesia próximo do Casal da Serra com imagens alusivas ao clube. “Nunca tínhamos visto nada assim”, avançam Isabel Toste e Armando José que exploram o bar da casa há três meses. Aqui a festa foi feita dentro e fora da casa e Isabel lembra-se de estar a servir jantares até perto da meia-noite. O mesmo cenário em Alhandra. Na Casa do Benfica o título foi festejado com o rebentamento de confettis e serpentinas e dezenas de pessoas desfilaram nas ruas da vila, segundo a presidente Susana Bexiga que não deixou de ir ao estádio e depois ao Marquês.Segundo os presidentes das colectividades e os proprietários, as Casas do Benfica vivem de resultados e se o Benfica não ganha, existe menos gente a vir ver o jogo e a comprar bilhetes. “No início da época foi alarmante. Chegámos a vender só cinco bilhetes para os jogos. Para este jogo vendemos 106”, adianta António Chaparro que, sem combinar, se encontrou com vários samorenses no estádio. O Benfica joga no máximo duas vezes por semana e as Casas estão abertas a semana inteira o que dificulta a gestão do negócio. Luísa Rodrigues não perde um jogo da sua equipa favorita e está permanentemente na Casa sem receber ordenado para dar continuidade ao trabalho do marido entretanto falecido. “Ele era um grande benfiquista e o sonho dele era ter esta casa aberta”. Para o último jogo a Casa de Vila Franca de Xira vendeu mais de cinco mil euros em bilhetes e o consumo de bebidas só é equiparado aos dias do Colete Encarnado e da Feira de Outubro. Ainda a disputar três competições, o emblema da Luz pode vencer a Taça da Liga, a Taça de Portugal e a Liga Europa o que iria ajudar ao negócio das Casas. “Com um grupo de amigos da casa combinámos colocar no mealheiro um euro por cada golo que o Benfica marque em todas as frentes. Não começámos desde do início da época mas já temos cerca de 300 euros”, explica o presidente da casa de Samora que pensa em utilizar o dinheiro para a esperada viagem a Turim se o Benfica passar na Meia-Final da Liga Europa. Apesar da incerteza do resultado da Meia-Final, certa já é a presença de Susana Bexiga em Turim. “O ano passado estive em Amsterdão e o resultado não foi favorável. O ano passado perdemos tudo, mas este vamos ganhar tudo”, acrescenta a presidente alhandrense que raramente falha uma ida ao estádio. Em Vila Franca de Xira a colectividade, que tem cerca de cem sócios pagantes, é mais frequentada por reformados. “Joga-se ao dominó ou à sueca, mas nos dias dos jogos há muita malta jovem”, esclarece. Armando José também espera a conquista de mais troféus. “As pessoas unem-se muito nesta altura e esquecem os problemas. É muito bom para o negócio”, conclui. Jovem de Vialonga ganha o seu primeiro títuloO jovem Ivan Cavaleiro, natural de Vialonga, que integra a equipa do Benfica fez a sua estreia no campeonato e logo no primeiro ano venceu o campeonato nacional. O atleta foi suplente utilizado em quatro jogos da liga e mostrou todo o seu entusiasmo no autocarro da equipa que se dirigiu até ao Marquês de Pombal.
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