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40 anos de Abril na Escola Profissional de Salvaterra de Magos

40 anos de Abril na Escola Profissional de Salvaterra de Magos

Director Duarte Bernardo destacou a presença de autarcas de três municípios
A Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM) assinalou os 40 anos do 25 de Abril com um conjunto de iniciativas que decorreram ao longo de Quinta-feira, dia 24, levadas a cabo por professores e alunos. Às 11 horas foi inaugurada uma exposição fotográfica com trabalhos de José Gameiro, Sara Cunha e Beatriz Silva que recordam lugares de Salvaterra de Magos, antes e depois de Abril de 1974. O ponto alto do programa foi um colóquio, onde foi apresentado um pequeno estudo da autoria do professor Emílio Coelho sobre o período que antecedeu ao 25 de Abril de 74. O presidente da direcção da EPSM, Duarte Bernardo, depois de saudar todos os participantes, lembrou que a Escola Profissional de Salvaterra de Magos é cada vez mais uma escola regional e daí contar com a presença de autarcas em representação dos municípios de Salvaterra, Benavente e Coruche. A primeira interveniente no colóquio foi Natércia Salgueiro Maia. A esposa do capitão de Abril confessou que, na véspera do dia da revolução, soube pelo marido que algo estava a ser preparado para derrubar o antigo regime. “Apercebi-me de algumas reuniões que estavam a ser feitas”, disse. Aos alunos e professores, lembrou também a força que a censura tinha na época. Falou de alguns livros proibidos pelo antigo regime, recordou alguns actos da PIDE e a tristeza de se viver preso a um regime ditatorial.Diogo Valente, militar e amigo de Salgueiro Maia, estava na Guiné quando se deu a revolução. Disse que soube da notícia pela rádio. Contou que, nesse dia, foi uma euforia total para os militares portugueses. “O que as tropas queriam saber era quando é que regressaria a Portugal”, afirmou. A vereadora da educação da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos começou por saudar a escola pela brilhante iniciativa que organizou. Helena Neves lembrou que ainda era muito nova quando se deu o 25 de Abril. Foi pela família que soube o que era a ausência de liberdade.A vereadora da cultura da Câmara Municipal de Benavente resolveu lembrar que nunca teria sido uma mulher na política se não houvesse o 25 de Abril de 1974. Ana Carla Gonçalves recordou que muitas profissões eram exclusivas dos homens. Fátima Galhardo, vice-presidente da Câmara Municipal de Coruche, centrou a sua intervenção na questão da educação. Fez questão de destacar que antes do 25 de Abril só os ricos podiam estudar. E sendo ela de origens humildes, isso seria impossível se não tivesse havido a revolução. Do programa comemorativo, houve ainda tempo para a apresentação de alguns estudos de alunos sobre a liberdade; a realização de uma peça de teatro; uma sessão de cinema; de canto e um passeio cultural.
40 anos de Abril na Escola Profissional de Salvaterra de Magos

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