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Próximo quadro comunitário de apoio é a última oportunidade para o país

Próximo quadro comunitário de apoio é a última oportunidade para o país

Ex-ministro da Indústria Mira Amaral participou num jantar-conferência em Santarém promovido pela Nersant onde deixou elogios à classe empresarial.

Luís Mira Amaral esteve novamente na região para apadrinhar a realização do Plano Estratégico de Inovação e Competitividade 2014-2020 que a Nersant está a compor para a região. No jantar-conferência realizado em Santarém, o ex-ministro da Indústria elogiou o trabalho dos empresários portugueses.Falando do próximo quadro comunitário de apoio, referiu que esta é a última grande oportunidade de Portugal se tornar desenvolvido através dos fundos da comunidade europeia, pelo que as empresas não o devem desperdiçar. O ex-ministro definiu como importante a aposta na ferrovia e nos portos. “Poderá haver dinheiro para isto, bem como para a instalação de redes de gás natural e eólicas”, revelou Mira Amaral, acrescentando que há inúmeras empresas portuguesas em condições de aceder a este tipo de programas. “Temos fundos comunitários para desenvolvimento”, continuou Luís Mira Amaral, que foi severamente crítico em relação à reforma da administração pública. “Não há redução da carga fiscal sem reduzir as gorduras do Estado”, disse, acrescentando que se houve alguém a fazer o trabalho de casa pelo país, foram “os empresários”.O ex-ministro deixou ainda alguma esperança em relação ao futuro. “Há, de facto, um cheirinho a retoma, alguma movimentação do consumo. Mas acontece que não há investimentos industriais que sustentem a economia. É aqui que entra a banca. E o problema é que neste momento, a banca não quer financiar”, criticou Mira Amaral.O jantar-conferência decorreu no Santarém Hotel, onde estiveram presentes cerca de 70 empresários do concelho. A Nersant começou por apresentar o plano estratégico em vigor até 2013, e que foi cumprido quase na totalidade, na expectativa de que os empresários presentes pudessem facultar as suas dificuldades e esperanças em relação ao novo plano de acções, que terá que ser adequado à conjuntura actual.A SPI - Sociedade Portuguesa de Inovação, é a entidade parceira da Nersant para a elaboração deste plano estratégico, tendo apresentado algumas das directrizes já conhecidas do novo quadro comunitário. Realizado este enquadramento, foi a vez de dar voz aos empresários. O debate começou em torno da necessidade de formação profissional adequada às reais necessidades das empresas. “A formação adequada à realidade de cada região é uma mais-valia para o desenvolvimento da mesma”, afirmou um dos presentes.A discussão prosseguiu, com referência aos elevados custos de energia praticados em Portugal em relação a países como Espanha e França, bem como à má qualidade deste serviço, que afecta severamente as empresas.Mira Amaral foi respondendo a algumas questões levantadas pelas empresas presentes, tendo corroborado as afirmações dos empresários em relação à energia. “A rede eléctrica tem péssima qualidade, o que é desastroso para as empresas”, começou por referir o ex-ministro, acrescentando ainda que é inadmissível que as empresas “tenham custos energéticos superiores aos custos laborais.”No jantar-conferência, os empresários falaram ainda da pesada carga fiscal a que são sujeitos, o que acarreta grandes dificuldades às empresas. Assim como o excesso de burocracia. Um dos empresários chegou mesmo a dizer que “o relatório único é uma carga de informação tão grande que as empresas têm dificuldade no cumprimento das suas obrigações”. Foram ainda referenciados como importantes para o desenvolvimento das empresas da região, os apoios às fusões de empresas, bem como apoios para a internacionalização.Neste momento a Nersant já ouviu os empresários de todos os concelhos do distrito.
Próximo quadro comunitário de apoio é a última oportunidade para o país

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