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Honrar Abril

Honrar Abril

João e Francisco foram alguns dos figurantes que se fardaram a rigor no início da madrugada de 25 de Abril para ajudar a recriar um dos momentos chave da revolução de há 40 anos: a saída da coluna militar da Escola Prática de Cavalaria (EPC) de Santarém rumo a Lisboa, onde foi o motor do golpe que destituiu o regime ditatorial de Marcello Caetano.Santarém celebrou o 40º aniversário desse momento alto da nossa História contemporânea com uma multiplicidade de iniciativas que, nalguns casos, conflituaram no horário, como aconteceu nessa noite em que a recriação da saída da coluna de Salgueiro Maia coincidiu em parte com o concerto que Pedro Barroso e Manuel Freire davam ali a escassos metros, no Convento de São Francisco. Fica o exemplo para memória futura e espera-se que a cidade ribatejana assuma e saiba potenciar de vez, sem complexos nem tibiezas, mas também sem megalomanias provincianas, a importância que teve nesse e noutros episódios da nossa memória colectiva enquanto nação. A marca 25 de Abril pode render muito, mas é preciso saber vendê-la. A conspiração dos capitães de Abril que conduziu ao golpe militar de há 40 anos também passou por Santarém, por pessoas que ainda aí habitam. E o símbolo maior da revolução, Salgueiro Maia, fez na cidade grande parte da sua vida e aí deixou família. Saber honrar e exaltar o legado que esses homens nos deixaram, em nome de um futuro melhor, mais do que uma obrigação é um imperativo moral. João Calhaz
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