uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Câmara do Cartaxo quer ficar com funcionários da Rumo 2020

O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), garante que vai fazer tudo o que for possível para integrar no quadro de pessoal do município alguns funcionários da empresa municipal Rumo 2020 que considera “imprescindíveis” para a autarquia. “Temos um diagnóstico feito e existe um conjunto de trabalhadores que nos fazem falta para trabalhar, não todos. São prioridade aqueles que trabalham nas escolas, porque se não pudermos contar com eles toda a estrutura escolar fica em causa. Vamos salvaguardar os postos de trabalho dentro dos nossos critérios tendo em conta as pessoas que precisamos para prestar esse serviço”, afirmou Pedro Ribeiro em reunião de câmara.Nessa mesma reunião de câmara foi decidido, por unanimidade, extinguir a empresa municipal Rumo 2020. Esta decisão coloca em risco o posto de trabalho dos 32 funcionários da empresa. A situação deve-se à débil situação financeira do município e da própria Rumo 2020. Pedro Ribeiro informou que reuniu esta quarta-feira, 30 de Abril, com o secretário de Estado das Finanças e Administração Local para o alertar para o “grave” problema que vai causar o despedimento de todos os funcionários da Rumo 2020.A questão dos postos de trabalho é a mais sensível de todas. Os contratos a termo certo irão caducar e nesta situação encontram-se 21 funcionários. Aos restantes 11 trabalhadores, com contrato a termo indeterminado, está vedada a possibilidade de serem contratados pela Câmara do Cartaxo. O vice-presidente, Fernando Amorim, já tinha dito anteriormente (ver edição O MIRANTE 27-03-2014) que “a lei permite um regime de excepção. Contudo o município, face à situação financeira que tem de desequilíbrio estrutural, não pode criar qualquer vínculo profissional, como tal cai por terra esta decisão”, esclareceu Fernando Amorim. “Internalizar os funcionários e as actividades face à situação do município não vai ser possível, então temos que rescindir o contrato com todas as pessoas”, completou.A Rumo 2020 foi criada na altura em que Paulo Caldas (PS) liderava a Câmara do Cartaxo e o projecto mais polémico em que a empresa se envolveu foi a construção do Parque Central do Cartaxo. A empresa municipal tem uma divida no valor de 5,363 milhões de euros, montante que integra o total da dívida do município e que, de acordo com a última auditoria interna levada a cabo pelo município em Novembro de 2013, ultrapassa os 63 milhões de euros. Refira-se ainda que a empresa municipal já deveria ter sido extinta em Fevereiro de 2013, altura em que, devido à lei que decide a racionalização do Sector Empresarial Local (SEL), foi imposta a extinção das entidades que não satisfizessem inúmeros critérios de sustentabilidade financeira.

Mais Notícias

    A carregar...