Coluna de Salgueiro Maia voltou a sair quarenta anos depois
Santarém assistiu à recriação de um dos momentos chave da revolução
Quarenta anos depois, a parada do antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, voltou a conhecer um movimento inusitado na madrugada de 25 de Abril. A unidade militar foi transferida há alguns anos, primeiro para Abrantes, depois para Mafra, mas ficaram as memórias do dia em que a EPC foi protagonista no derrube do regime que amordaçava Portugal.A recriação do discurso do capitão Salgueiro Maia às tropas, antes da partida da coluna militar para Lisboa na madrugada de 25 de Abril de 1974, foi presenciada e aplaudida por muitos populares que assim puderam reviver um momento que deixou a cidade ribatejana umbilicalmente ligada ao momento mais marcante da história contemporânea do país. Mas antes ouviram-se alguns assobios e apupos pelo atraso no início da representação, marcada para as 00h00 e que só começou cerca de meia hora depois, após se ter ouvido cantar “Grândola, Vila Morena” por várias pessoas que estavam na plateia.Para dar mais realismo ao cenário, um conjunto de veículos militares tripulados por figurantes fardados à época, fizeram o percurso entre a antiga EPC e o Jardim dos Cravos, onde se encontra a estátua evocativa de Salgueiro Maia, junto à qual foi depositada uma coroa de flores em homenagem ao capitão de Abril e símbolo maior da Revolução dos Cravos. À caravana juntaram-se vários automóveis já com uns bons anos, que ajudaram a recuperar a atmosfera dos anos 70 do século XX.
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