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Fazendense não escondeu euforia na hora em que conquista Taça do Ribatejo

Equipa de Fazendas de Almeirim derrotou o Ouriense por uma bola, no Complexo Desportivo do Bonito. Treinadores e adeptos sofreram até ao apito final.

A Associação Desportiva Fazendense, equipa de Fazendas de Almeirim, foi a grande vencedora da “Taça do Ribatejo 2013/2014, tendo derrotado o outro finalista, o Clube Atlético Ouriense, de Ourém, por um 1-0. A partida da final da 37.ª edição da Taça do Ribatejo, organizada pela Associação de Futebol de Santarém, realizou-se ao final da tarde de quinta-feira, 1 de Maio, no Complexo Desportivo do Bonito, no Entroncamento. O golo foi marcado por Bruno Carrapato, aos 17 minutos da segunda parte. No final, o rosto de decepção dos jogadores do Ouriense - que tiraram as medalhas assim que estas lhes eram colocadas ao pescoço - contrastava com a euforia da equipa vencedora liderada pelo treinador Mário Nelson, que assistiu à partida fora do banco devido a estar castigado, sofrendo cada minuto do jogo até ao apito final. O Fazendense sucede no título ao Amiense, sendo a segunda vez que ganha esta competição. A primeira foi na época 2005/2006. Num dia de sol as claques de ambas as equipas entraram no estádio momentos antes da partida, marcada para as 17h30, sendo os adeptos do Ouriense os mais entusiásticos. Do lado de Ourém, sobressaía o vermelho. Do lado de Fazendas de Almeirim, o amarelo, com os jogadores da equipa a estrearem um equipamento alusivo ao torneio, que coloca em competição clubes filiados na Associação de Futebol de Santarém. Na bancada central, entre as claques adversárias, encontrava-se, de cachecol, o presidente da Câmara de Ourém e o presidente da Câmara do Entroncamento, entre outros convidados. A claque de Ourém abafava a do Fazendense durante a primeira parte, que terminou sem golos. “Todos de pé... vamos cantar Ouriense olé” e “Ninguém cala esta nossa voz... O Ouriense somos todos nós”, gritavam em uníssono. Do lado do Fazendas apenas alguns adeptos mais exaltados puxavam dos galões para incentivar a equipa. O mais nervoso de todos era Mário Nelson, treinador do clube de Fazendas de Almeirim, que assistiu à partida fora do banco, gritando, pulando, esbracejando e soltando alguns insultos de cada vez que o jogo não corria como esperava. A partida foi, aliás, marcada por vários lances de falta com os adeptos a não pouparem nas críticas ao árbitro. “É simulação... Chama o INEM”, ouvia-se. Ao intervalo os adeptos estavam apreensivos. António Calado, de Fazendas de Almeirim considerava que a equipa tinha entrado bem no jogo mas não havia muitas oportunidades de golo. “Não sou muito de chamar nomes ao árbitro”, confessou. Vitória Marques foi assistir ao jogo do neto, de manhã, e acabou por ficar. A adepta do Fazendense estava confiante na vitória. “Já agora, gostava muito que ganhassem”. Do lado contrário, os adeptos do Ouriense partilhavam da mesma opinião. Até que, ao minuto 17 da segunda parte, o ânimo gelou com o golo do Fazendense, marcado pelo jogador com a camisola número 18 Bruno Carrapato. Durante alguns minutos, deixaram-se de ouvir gritos, buzinas e cantorias com os nervos a dominar. O momento do golo foi celebrado com grande exaltação por Mário Nelson, que saltou e correu alguns metros entre os bancos, deixando de boca aberta quem assistiu à cena. Quando o árbitro apitou, aos 90 minutos, correu para abraçar os jogadores em campo. “A taça é nossa... A taça é nossa”, cantavam os jogadores que mudaram subitamente a letra da música quando Botas Moreira, presidente do clube, subiu a bancada no momento da entrega do troféu para “Paga o jantar... Paga o jantar”.

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