O município de Almeirim vai ter no final deste ano um valor da dívida de médio e longo prazo que rondará os sete milhões de euros, metade do seu orçamento anual, o que para o presidente, Pedro Ribeiro (PS), é muito bom. Durante a apresentação e discussão das contas de 2013, na última assembleia municipal, Pedro Ribeiro sublinhou a execução orçamental superior a 80 por cento e o facto da câmara não ter dívidas a mais de 30 dias.O presidente destacou também o facto de terem terminado o ano de 2013 com uma dívida a fornecedores de apenas 105 mil euros. Parte dessa verba, justificou, resultou da aquisição de um terreno. Respondendo às observações da oposição, Pedro Ribeiro explicou que a autarquia vai continuar a gastar mais dinheiro em estudos e pareceres técnicos. “Não consigo ter especialistas em todas as áreas, porque não podemos contratar mais pessoas, por isso preciso de pareceres e estudos senão os projectos não se fazem”, sublinhou.O ex-presidente da Câmara de Almeirim, Sousa Gomes, agora na bancada do Movimento Independente Zé Gomes, pediu a palavra para recordar que, quando liderava o executivo municipal, decidiu abdicar de candidatar algumas obras a fundos comunitários para permitir o avanço de dois projectos “muito importantes” para o concelho. São eles a recuperação do antigo edifício do Hospital da Misericórdia e uma construção que está a ser feita no edifício do CRIAL (Centro de Recuperação Infantil de Almeirim), que foram candidatados a fundos comunitários. “Esta decisão prejudicou os valores da conta corrente da câmara mas acho que foi a melhor decisão que se poderia tomar”, disse. O documento foi aprovado por maioria com 17 votos a favor, quatro abstenções e três votos contra.