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Câmara da Chamusca com dificuldades em cumprir imposições do PAEL

Câmara da Chamusca com dificuldades em cumprir imposições do PAEL

Contas do município relativas a 2013 foram aprovadas pela assembleia municipal
O relatório e contas da Câmara da Chamusca referente a 2013 foi aprovado na assembleia municipal do dia 30 de Abril. As contas foram aprovadas com os votos favoráveis do PS e CDU e de um eleito do PSD, e abstenção dos restantes elementos da coligação PSD/CDS (4). As contas não suscitaram discussão, tendo no entanto sido focada a dificuldade da câmara em cumprir algumas medidas do PAEL - Programa de Apoio à Economia Local que permitiu à autarquia receber um pouco mais de quatro milhões de euros para pagar dívidas antigas, mediante o cumprimento de uma série de imposições.O presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), mostrou algum receio de que o município possa vir a ser penalizado por isso. “Ao nível das receitas previstas nalgumas rubricas estamos longe de as alcançar”. No caso da venda de bens estava previsto um encaixe de cerca de 128 mil euros no primeiro trimestre de 2014 e apenas se registou um encaixe de cerca de 13 mil euros. “A situação é muito preocupante, ainda mais quando verificamos que as empresas do concelho não estão a facturar. Pelo menos é o que nos diz a questão da derrama, onde estava prevista uma receita de 44 mil euros no primeiro trimestre e apenas se registou uma entrada de pouco mais de 10 mil euros. Estamos seriamente preocupados com esta situação, na medida em que não sabemos qual vai ser a reacção da tutela a estes números e a estas medidas”, disse Paulo Queimado.O ponto de situação financeira da câmara também motivou alguma discussão, merecendo elogios da bancada do PSD/CDS e reparos da bancada da CDU. O eleito da CDU José Brás manifestou alguma preocupação nesse capítulo e sugeriu que o executivo não fosse só pelo caminho da diminuição do défice. “É preciso fazer algum investimento para ajudar as empresas do concelho a sobreviver. Há mais vida para além do défice”, disse.Paulo Queimado respondeu não disfarçando alguma irritação. “Estamos a fazer um esforço tremendo para ajustar a situação, recebemos uma herança muito pesada, não sei como é que da vossa parte têm coragem para nos falar de investimento, quando nos deixaram uma dívida de cerca de 15 milhões de euros. As receitas que temos quase que não chegam para as despesas correntes e para pagar as prestações da dívida. Mesmo assim conseguimos ajudar as empresas, pagando as facturas na data do seu vencimento, quando nos anteriores mandatos, de maioria CDU, os empresários tinham que esperar cerca de um ano para receber”, disse.
Câmara da Chamusca com dificuldades em cumprir imposições do PAEL

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