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Coordenador da candidatura de Santarém a património mundial critica abandono da zona antiga da cidade

Coordenador da candidatura de Santarém a património mundial critica abandono da zona antiga da cidade

Jorge Custódio estreou-se na assembleia municipal com um discurso crítico, dizendo que não tem sido aproveitado o trabalho técnico desenvolvido no âmbito do projecto da candidatura, entre 1992 e 2002.

O coordenador da abortada candidatura de Santarém a património mundial estreou-se na Assembleia Municipal de Santarém com uma intervenção onde criticou o actual estado de abandono da zona antiga da cidade e a actuação do poder político local ao longo dos anos. Jorge Custódio chamou a atenção para a falta de estratégia e soluções para a reabilitação dos núcleos históricos urbanos e censurou o desaproveitamento do trabalho técnico feito no âmbito da candidatura.Jorge Custódio, que substituiu Armando Rosa na representação do movimento independente Mais Santarém, disse que não tem havido uma política integrada de reabilitação urbana e de conservação do património monumental mais emblemático da cidade. E referiu que a administração do município “não pode alhear-se de todo o capital de saber acumulado e de soluções construídas, em grande parte ainda actuais, que fazem parte do legado técnico desenvolvido pela Câmara de Santarém desde 1992 a 2002” - no âmbito da candidatura a património mundial que ele liderou tecnicamente - e que “constituíam um modelo coerente para a reabilitação da cidade e núcleos urbanos concelhios”.O historiador e ex-director do Convento de Cristo de Tomar perguntou o que foi feito de todo o trabalho técnico que esteve na base da candidatura de Santarém a património mundial e que utilização técnica teve esse material até hoje. “Porque se desperdiça o saber acumulado de alguns funcionários do município, que detêm conhecimentos qualificados numa lógica de intervenção integrada no centro histórico?”, questionou ainda.Considerando que Santarém se encontra “objectivamente abandonada no seu cerne, por detrás da sua vida comercial”, Jorge Custódio perguntou ao presidente da câmara se sabe quantos são os prédios urbanos que caíram ou foram demolidos, quais são os que estão em perigo de derrocada e/ou abandonados.“Santarém quer um renascimento para a vivificação dos seus centros urbanos e uma revolução no urbanismo que potencie soluções que devolvam a cidade aos seus habitantes e estimulem os jovens e famílias maia carenciadas a ali viverem em vez de habitarem nas periferias”, defendeu Jorge Custódio.Na resposta, o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmou que todo o trabalho técnico realizado no âmbito da candidatura a património mundial se encontra na autarquia. Em relação aos imóveis degradados, referiu que essa elencagem está feita no âmbito de um plano estratégico realizado pela sociedade de reabilitação urbana da Lezíria do Tejo.
Coordenador da candidatura de Santarém a património mundial critica abandono da zona antiga da cidade

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