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Forcados levam crianças ao campo para lhes mostrar como se pega um touro

Forcados levam crianças ao campo para lhes mostrar como se pega um touro

Dia de convívio teve também como objectivo promover a festa brava junto dos mais novos
O Grupo de Forcados Amadores da Chamusca proporcionou no sábado, 10 de Maio, um dia diferente a mais de duas dezenas de crianças do jardim-de-infância e escola do primeiro ciclo da Chamusca. Com colaboração dos Herdeiros da Ganadaria Rosa Rodrigues, o grupo da Chamusca fez um treino no tentadero da ganadaria e convidou as crianças e os pais para assistirem ao treino e passarem o dia na herdade.Mais de duas dezenas de crianças aderiram ao convite e vibraram nas bancadas do tentadero com as pegas efectuadas e riram-se ainda mais quando em alguma pega menos conseguida se viam os rapazes do grupo a rebolarem pelo chão.O calor que se fez sentir foi mais um atractivo para as actividades programadas e deixou espaço para que os mais pequenos convivessem com o grupo e com o ar puro da Herdade do Carregal, permitindo que os objectivos de cativar jovens aficionados para a festa dos touros fosse alcançado. O futuro cabo do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca, Nuno Marecos, que vai suceder a Nuno Marques ainda este ano, estava satisfeito com o desenrolar da festa. “É sempre um grande motivo de satisfação trazer os mais jovens até nós. Mostrar-lhes como é a vida no campo e ensiná-los a gostar dos forcados e da festa brava”, disse.O maioral que trata da ganadaria Rosa RodriguesResponsável trata os touros bravos pelo nome e já apanhou alguns sustos“O campo e os animais são uma parte muito importante da minha vida”. É assim que o maioral da ganadaria dos Herdeiros de Rosa Rodrigues, Rogério Conceição, começa uma pequena conversa com O MIRANTE.Rogério Conceição trata os touros bravos pelo nome. Já apanhou alguns sustos, mas nunca sofreu problemas graves. “São animais nobres que reconhecem quem trata deles. É uma grande satisfação vê-los nascer e crescer. Quando partem para as corridas fica sempre alguma saudade, mas é a lei da vida. É para fazerem parte do espectáculo que são criados”, diz.O maioral é casado e tem três filhas. Diz com humor que lhe falta um filho homem. “Gostava de ter um filho homem ao meu lado, passear a cavalo e ensinar-lhe os segredos dos animais e da vida ao ar livre. Mas gosto muito das minhas filhas e também as trago às vezes até aqui à herdade e elas gostam da cá vir”.Este ano os touros em condições de serem corridos já foram quase todos para Espanha. “Já saíram daqui para o país vizinho seis curros para seis corridas, todos com touros bem bonitos. Cá ficaram poucos e não sei se vão ser corridos nalguma praça portuguesa ou se ficam para sementais”, disse o maioral, que garante que assiste a poucas corridas durante o ano.Satisfeito por ver tanta gente na herdade, principalmente crianças, Rogério Conceição garante que tentou trazer um pequeno novilho para as crianças poderem brincar. “Não foi possível porque estava sozinho e não consegui apartar um novilho pequeno. Tenho pena porque era mais uma achega para as crianças”, disse.
Forcados levam crianças ao campo para lhes mostrar como se pega um touro

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