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CAD quer ter tenistas no top-10 do ranking dentro de três anos

CAD quer ter tenistas no top-10 do ranking dentro de três anos

Clube da Póvoa de Santa Iria começa a alcançar os primeiros resultados a nível nacional

Os tenistas realizam cerca de 20 torneios federados por época e competem quase todos os fins-de-semana o que nem sempre se torna fácil de conciliar com a faculdade.

O ténis existe há mais de seis anos no Clube Académico de Desportos na Póvoa de Santa Iria mas só no último ano é que o empenho na formação começou a dar os primeiros frutos. O treinador Dário Matias está no clube há dois anos e garante que nos próximos três anos vão haver tenistas do CAD a ocupar o Top-10 do ranking nacional. “Temos que melhorar as condições de trabalho mas não tenho dúvidas que iremos ter atletas de grande qualidade no futuro”, afiança o técnico que mora no Porto Alto.O clube conta com 70 alunos na modalidade que se distribuem por vários escalões de formação desde os oito anos. “Muitas vezes entro aqui às 9 da manhã e saio às 21h00. Temos os horários praticamente preenchidos”, conta Dário que quando começou a dar treinos só contava com 10 alunos na escola. “Iniciamos sem rankings e agora já temos miúdos de 8 e 10 anos que são considerados os melhores do concelho”. Os jovens treinam nos courts existentes no recinto do Palácio da Quinta da Piedade na Póvoa.João Crespo, de 19 anos, e Paulino Ferreira, de 24, são os atletas que mais se têm destacado ao serviço do clube. O povoense João Crespo está no 39º lugar do ranking nacional e espera no futuro ocupar o Top-20 nacional. “Quero evoluir enquanto jogador e fazer alguns torneios internacionais para amadurecer e ganhar experiência”, refere o tenista que começou a praticar a modalidade com nove anos. Este ano, Paulino Ferreira já atingiu duas meias finais e quatro quartos-de-final em torneios e conseguiu chegar ao 90º posto no ranking do ano passado. Nada mal para quem começou a praticar já depois dos 18 anos e para quem também ajuda nos treinos dos mais novos. “O meu objectivo passa por aprender o mais possível enquanto jogador para ter as bases e tornar-me num bom treinador no futuro”, diz o atleta que está a frequentar um mestrado em Treino Desportivo. Juntos, Paulino e João também já ganharam um torneio de pares. Os tenistas realizam cerca de 20 torneios federados por época e competem quase todos os fins-de-semana o que nem sempre se torna fácil de conciliar com a faculdade segundo João. “No ano passado dedicava-me exclusivamente ao ténis e sinto que evolui bastante. Já este ano tenho que fazer uma ginástica maior com o tempo porque entrei na universidade”, finca. Para eles o mais importante na modalidade é a persistência pois de acordo com o treinador cerca de 80 por cento das pessoas que experimentam ténis acabam por desistir. “Dentro do campo de ténis somos só nós. É essencial estar concentrado em todos os momentos do jogo e estar fisicamente activo”, adverte Paulino. Dário vai mais à frente. Acrescenta que o ténis ajuda a moldar carácteres e a aprender a sofrer sozinho. “No ténis a culpa nunca é da equipa. É sempre do tenista que está lá dentro. É o desporto perfeito para se aprender a vencer e a perder como na vida”, acrescenta. O treinador diz que os treinos são bastante dinâmicos e que assentam sobretudo na repetição das dificuldades até estarem ultrapassadas. “Investimos muito na formação e temos cativado cada vez mais povoenses para este desporto”. O CAD tem atletas de todo o concelho de Vila Franca de Xira e até de Lisboa. O praticante mais novo tem quatro anos enquanto que o mais velho tem 60. O treinador afirma que a modalidade só pode ser considerada cara quando se entra em alta competição. “Na iniciação oferecemos raquetes e temos equipamentos próprios para a aprendizagem”, esclarece. Para competição uma raquete pode rondar os 100 e os 200 euros e cada corda que necessite de ser substituída pode chegar aos 15 euros.O Skate Park que pode destruir o silêncio dos courts de ténisOs campos de ténis na Quinta da Piedade não são só ocupados pelo CAD mas também pela comunidade com fins de recreio. Muitas vezes os campos encontram-se lotados e o clube não consegue abrir mais horários de treinos apesar de existir procura. “A câmara informou-me que vão avançar com a construção de um Skate Park ao lado dos courts quando o que era preciso era mais um campo”, lamenta Dário. Além disso, o treinador teme que o Skate Park possa trazer barulho a mais para a prática de ténis que é conhecido por ser um desporto silencioso. As condições dos courts actuais também não são as ideias. O piso é de relva sintética mas já tem oito anos e está gasto. “Precisamos de renovar o piso. Existem algumas zonas que já têm buracos e que condiciona a prática nos campos”, conclui.
CAD quer ter tenistas no top-10 do ranking dentro de três anos

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