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O fascínio do touro
Enquanto houver um miúdo que se meta à frente do touro bravo, a festa taurina não morrerá. É esta a crença que a maior parte dos aficionados tem relativamente ao momento actual que vive a tauromaquia. Apesar do crescimento dos movimentos anti-taurinos, a festa brava continua a atrair centenas de pessoas no Ribatejo que querem ver de perto o animal que é símbolo de uma região. Foi isso que aconteceu na Feira Anual de Samora Correia que animou a cidade no início deste mês. Há quem goste de ver a acção e se esconda atrás das protecções mas também há quem se aventure e salte para o meio da “praça” desafiando a bravura do animal. Atrás da valentia há sempre um par de dedos cruzados fazendo figas para não serem colhidos e não se tornarem na notícia da vila da próxima semana. Os capotes e o treino de cintura são substituídos por uma qualquer toalha de casa e umas passadas largas para cima das protecções. A curiosidade vence o medo ao mesmo tempo que a adrenalina toma conta de um corpo frágil diante de um animal imponente. Dizem que o mundo tauromáquico tem que aprender a defender-se, que os aficionados têm que lutar pelo seu direito de ver uma arte secular evoluir nas praças. Mais do que o espectáculo taurino, o que seremos nós sem cultura e tradição? Mike Marques
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