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Uma assembleia de mulheres barbudas

Uma assembleia de mulheres barbudas

Elsa Vieira entrou, de surpresa, na sala do Museu Municipal Carlos Reis, em Torres Novas, com vestes medievais e segurando uma lamparina. Os espectadores ficaram curiosos e seguiram-na com o olhar. “O melhor é dar meia volta não seja um homem que lá venha”, declama após alguns minutos de actuação a solo. Mas, em seguida, entraram outras senhoras que, minutos mais tarde, colocam uma barba para espanto de todos. Juntas debatem a melhor forma de governar e de combater a corrupção, a administração danosa da coisa pública ou o oportunismo. Todas integram o Teatro Meia Via - Associação Cultural de Torres Novas, que já conta com 13 anos de actividade. Na tarde de sábado, 10 de Maio, foram convidadas para abrilhantar a cerimónia de entrega de prémios que tem um nome de outra mulher: Maria Lamas. O excerto da peça “Assembleia de Mulheres” adaptada a partir de um texto de Aristófanes, escrito em 329 A.C, debate temas bastante actuais e assenta na ideia de construir uma nova forma de governo na qual todos os cidadãos tenham acesso aos mesmos bens, dando uma oportunidade a quem melhor sabe governar: as mulheres. Os aplausos, de pé, no final da actuação, foram a melhor recompensa e agradecidos já sem barba. Elsa Ribeiro Gonçalves
Uma assembleia de mulheres barbudas

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