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Autarcas de Rio Maior contra financiamento estatal a colégios privados de concelhos vizinhos

Autarcas de Rio Maior contra financiamento estatal a colégios privados de concelhos vizinhos

Executivo camarário subscreveu apelo nacional em defesa da escola pública e mostra-se preocupado com a concorrência de estabelecimentos de ensino particulares que estão a retirar alunos às escolas do concelho.

A concorrência de colégios privados de concelhos limítrofes, nomeadamente de Santarém e Caldas da Rainha, está a roubar alunos às escolas públicas de Rio Maior e essa é uma fonte de preocupação para o executivo camarário, de maioria PSD/CDS, que na sexta-feira aprovou por unanimidade a subscrição do “Apelo em defesa da escola pública”, lançado a nível nacional.No caso de Rio Maior, a apreensão refere-se a algumas medidas previstas no Guião da Reforma do Estado, nomeadamente a eventual concessão de escolas públicas ou a criação de um novo ciclo de contratos de associação com o sector privado. Situações que tiveram o condão de unir todo o executivo na sua crítica, desde o comunista Augusto Figueiredo à vereadora da Educação e militante do CDS Ana Filomena Figueiredo, passando pelos eleitos do PS e do PSD.O documento lançado a nível nacional por um conjunto de entidades e personalidades ligadas ao sector da educação, desde sindicatos a associações de estudantes, passando por associações de pais e de docentes, dirigentes escolares e autarcas, critica as medidas tomadas ou anunciadas pelo actual Governo, que, na sua óptica configuram uma “desvalorização da educação pública” em detrimento do ensino privado. Para além de subscrever o apelo, o executivo da Câmara de Rio Maior revê-se também numa informação da chefe de divisão que lança o alerta para a deslocação de alunos para colégios privados com contratos de associação, localizados em concelhos limítrofes, e sublinha que o alargamento dos contratos de associação entre o Governo e colégios privados “poderá fazer crescer o número de transferências de alunos para fora do concelho”.O vereador comunista Augusto Figueiredo mostrou-se “orgulhoso” pela posição tomada pelo executivo, referindo que “a escola pública está em causa e é vista como um negócio”, ressalvando no entanto que nada tem contra o ensino privado, onde chegou a trabalhar. Aproveitou também para se congratular com a posição da vereadora da Educação Ana Figueiredo (CDS), por ir contra a posição oficial do Governo do seu partido, o que levou a vereadora a esclarecer que não é contra o ensino privado mas sim contra a renovação sucessiva, por parte do Ministério da Educação, de contratos de associação com escolas privadas em locais onde não são necessários, por haver oferta pública de ensino.“Estamos servidos por uma boa rede de escolas e não me parece bem que depois da câmara municipal e o próprio Ministério da Educação terem gasto milhões se esteja agora a contribuir para o esvaziamento das nossas escolas”, reforçou Ana Figueiredo, sublinhando que acima de tudo estão os interesses do seu concelho.No mesmo sentido se pronunciou Carlos Nazaré (PS), que também elogiou o conteúdo da informação feita pelos serviços da câmara, acrescentando que a subscrição do “Apelo em defesa da escola pública” é um acto de coerência, pois a Câmara de Rio Maior tem investido muito na educação ao longo dos anos.
Autarcas de Rio Maior contra financiamento estatal a colégios privados de concelhos vizinhos

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