Médio Tejo aposta na inovação e coesão social em plano a concretizar até 2020
Documento com linhas de acção a concretizar nos vários municípios foi apresentado em Tomar
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) apresentou em Tomar as linhas gerais do seu plano estratégico até 2020, assente em inovação, competitividade, coesão social, sustentabilidade energética e num modelo de gestão supramunicipal.A apresentação do Plano Estratégico de Desenvolvimento 2014-2020 Médio Tejo, pelo economista Augusto Mateus, aconteceu numa cerimónia que decorreu no Convento de Cristo e que culminou com a tomada de posse das 40 entidades que integram o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal do Médio Tejo.Augusto Mateus considerou que o modelo de governança proposto “tem muita inovação e muito risco” pelo desafio que representa para os presidentes das câmaras municipais passarem a agir no âmbito de uma “equipa coesa” que vai trabalhar a uma escala supramunicipal.Saudando o facto de o novo quadro de apoio comunitário impor “finalmente” estratégias de desenvolvimento descentralizadas, Augusto Mateus, responsável pela equipa que elaborou o plano, realçou igualmente o fim de uma “lógica de desconfiança entre sector público e sector privado”.O Conselho Estratégico agora empossado, que integra entidades públicas, privadas e de solidariedade social, terá por função “ajudar a construir a estratégia” que está a ser traçada para a região, incorporando uma “visão externa” aos municípios, realçou a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque.A também presidente da Câmara Municipal de Abrantes disse à Lusa que o plano apresentado é ainda “preliminar”, sendo necessário aguardar pelas directrizes de Bruxelas e pela definição dos fundos disponíveis em cada eixo para ser complementado, embora a CIMT tenha já identificado um conjunto de projectos que quer concretizar. “Cada município identificou o que de melhor tem para pôr ao serviço da região e também as fragilidades que têm de ser colmatadas”, afirmou.O plano aponta a valorização dos recursos endógenos e do potencial turístico, a incorporação de valor na actividade empresarial, a promoção da coesão e da qualidade de vida e a consolidação de massa crítica urbana.Augusto Mateus realçou que a região se propõe a ser “um modelo de novas formas de vida”, que juntem novos e velhos, e sublinhou que “o envelhecimento da população não pode ser um custo”, sendo imprescindível a aposta na inclusão social e na dignidade do envelhecimento.“Temos as melhores condições para prosseguir esta estratégia. Temos os rios Tejo e Zêzere, património construído como este [Convento de Cristo], empresas relevantes em vários sectores”, que aderiram ao Conselho Estratégico por perceberem “a necessidade efectiva de articulação”, destacou Céu Albuquerque. “É muito relevante ser um tão grande o número de entidades públicas e privadas que corroboraram a estratégia”, afirmou.O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Pedro Saraiva, frisou que o Médio Tejo tem todos os recursos e as condições para que a estratégia hoje apresentada seja bem-sucedida, saudando o envolvimento gerado pelo Conselho Estratégico num país muito centralizado e pouco habituado à subsidiariedade.
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