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Sem eles não havia espectáculo mas os seus nomes não aparecem nos cartazes das touradas

Sem eles não havia espectáculo mas os seus nomes não aparecem nos cartazes das touradas

A equipa que trabalha na sombra da praça de toiros da Chamusca para que os artistas brilhem na arena

José Laranjinha, Manuel João Faustino, José João Faustino, Manuel João Sequeira e António João Santo, são o núcleo principal de uma equipa que chega a ter doze pessoas, a quem estão entregues as operações logísticas essenciais de qualquer tourada que se realize na praça, que este ano completa 95 anos de existência, propriedade da Santa Casa da Misericórdia.

No cartaz das corridas de toiros da Semana da Ascensão da Chamusca, que se realizam a 29 e 31 de Maio, figuram os nomes dos cavaleiros tauromáquicos, dos cabos dos grupos de Forcados, das ganadarias que fornecem os toiros e da banda de música que anima a festa mas, como é normal, seja em touradas, jogos de futebol ou concertos, não há qualquer referência a quem trabalha nos bastidores para que os artistas possam brilhar e os espectadores divertirem-se.José Laranjinha, Manuel João Faustino, José João Faustino, Manuel João Sequeira e António João Santo, são o núcleo principal de uma equipa que chega a ter doze pessoas, a quem estão entregues as operações logísticas essenciais de qualquer tourada que se realize na praça, que este ano completa 95 anos de existência, propriedade da Santa Casa da Misericórdia. Preparam bancadas, redondel e curros, recebem os toiros que vão ser lidados, alojam-nos e colocam-nos nos pela ordem de entrada em praça, soltam-nos e recebem-nos quando terminam as correrias atrás dos cavalos e as investidas contra os forcados. Separam-nos dos cabrestos no regresso aos curros e fazem-nos entrar na camioneta que os há-de levar de volta aos campos, abrem as portas para as saídas e entradas dos cavaleiros.Unidos numa espécie de irmandade em que a amizade e o gosto pela perfeição, pelos touros e pela tourada são o cimento que os une. Respeitam-se e respeitam a hierarquia que foi criada ao longo dos anos. Nos curros ninguém faz seja o que for sem receber indicações de José João Faustino, conhecido por José Ruço, alcunha que lhe foi dada em criança por causa da cor do cabelo. O irmão, Manuel João, Carteiro de alcunha devido à antiga profissão, recebe e emite as guias de transporte e pesa os animais. O trabalho de José Laranjinha é feito antes e depois dos espectáculos. É ele que tem a chave da praça e trata da sua manutenção. Manuel Sequeira, conhecido por Segunda-feira, ajuda na abertura das portas para a entrada e saída dos cavaleiros. António Santo, que alguns tratam por Lua Cheia e outros por Cabecinha, participa, com outros, na abertura das portas dos locais onde os toiros aguardam a sua vez de mostrar a valentia. Os textos que se seguem ajudam a perceber quem eles são e quais os seus percursos de vida.
Sem eles não havia espectáculo mas os seus nomes não aparecem nos cartazes das touradas

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