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Montar as tronqueiras da Feira de Maio em Azambuja exige esforço e dedicação

Montar as tronqueiras da Feira de Maio em Azambuja exige esforço e dedicação

Durante as largadas há sempre funcionários de prevenção porque já aconteceu os toiros partirem as traves de madeira
Para garantir a segurança nas actividades tauromáquicas da Feira de Maio em Azambuja há uma dezena de trabalhadores da câmara que durante um mês montam as tronqueiras. Cada barrote de madeira pesa cerca de 25 quilos e está identificado com letras e números que indicam a zona onde deve ser montado. No armazém do município há milhares de barrotes que, cuidadosamente colocados como um puzzle, permitem que o público assista às actividades taurinas.“Para levantar uma coisa destas é preciso muito esforço e vontade”, explica com um sorriso Paulo Fragoso, de 50 anos, um dos trabalhadores que monta as tronqueiras. Além de funcionário do município é também um aficionado de corpo e alma. “Quando fazemos o que gostamos o trabalho até corre melhor”, garante o funcionário. Uma carrinha do município distribui os barrotes pelas ruas, que depois vão sendo colocados um a um. Primeiro são as barras verticais, depois encaixados e aparafusados os horizontais. Em vários locais das ruas são os próprios proprietários de estabelecimentos que colocam as suas tronqueiras para salvaguardar as montras e portas das suas habitações. O trabalho mais complicado é o da montagem dos portões, que obriga a um maior esforço físico devido ao seu peso e tamanho. Muitas vezes são as últimas peças deste puzzle a serem encaixadas.Durante as actividades há sempre uma carrinha de prevenção carregada com barrotes para algum imprevisto. Não é frequente mas já aconteceu os toiros partirem as travessas de madeiras com marradas. Durante as largadas há sempre funcionários da câmara e um carpinteiro a trabalhar.A única memória de um susto em Azambuja aconteceu há três anos, quando um cabresto conseguiu fugir de um curro e causou algum alvoroço na vila. Tudo por culpa de uma tábua defeituosa. Este ano na montagem dos curros estão Carlos Janeiro, Amílcar Marques e Ricardo Vieira. Cada um tem uma tarefa específica a executar: um transporta painéis de madeira, o outro coloca-os no sítio e Carlos prega-os com uma precisão matemática. Carlos tem 53 anos e reside na Maçussa. Está habituado a este trabalho. Na manhã de sexta-feira pregava os últimos pregos dos curros da rua Vítor Cordon. O trabalho é pesado e exige algum esforço, admitem a maioria dos trabalhadores, que garantem ver o seu trabalho reconhecido quando a vila se enche de visitantes e as tronqueiras ficam cheias de aficionados empoleirados.
Montar as tronqueiras da Feira de Maio em Azambuja exige esforço e dedicação

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