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Zona Industrial de Coruche praticamente sem espaço para mais empresas

Zona Industrial de Coruche praticamente sem espaço para mais empresas

Constrangimentos administrativos estão a dificultar a concretização do novo Parque Empresarial do Sorraia

Ocupação está no limite, tendo atingido os 98 por cento. Dados foram fornecidos pelo presidente do município durante a apresentação do programa da 6ª edição da FICOR - Feira Internacional da Cortiça, que se realiza entre 29 de Maio e 1 de Junho. O ministro Poiares Maduro ouviu e registou os apelos do autarca Francisco Oliveira.

A área industrial de Coruche está praticamente sem terrenos para disponibilizar a empresas que se queiram ali instalar, tendo atingido 98 por cento de ocupação. Só neste novo mandato, iniciado há sete meses, a autarquia vendeu nove lotes para instalação industrial para empresas do concelho e também de fora. Os dados foram fornecidos pelo presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira (PS), durante a apresentação do programa da 6ª edição da FICOR - Feira Internacional da Cortiça - que se vai realizar entre os dias 29 de Maio e 1 de Junho, no Parque do Sorraia e no Observatório do Sobreiro e da Cortiça. A apresentação contou com a presença do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.Francisco Oliveira mostrou-se satisfeito por o seu concelho estar em “contraciclo” numa altura de recessão económica e retracção do consumo em Portugal. O presidente da Câmara de Coruche defende que a prioridade estratégica do executivo municipal para o concelho é o desenvolvimento económico. No entanto, face a alguns constrangimentos administrativos, a autarquia está com dificuldades em avançar com a concretização do Parque Empresarial do Sorraia. “As razões destes entraves não se entendem. Para desafectar do perímetro de rega - da área de regadio - uma área envolvente ao terreno onde se pretende construir este parque, a autarquia tem que pagar uma taxa cujo valor é superior ao valor do terreno. Estamos a falar em cerca de 525 mil euros. E ainda se entende menos se dissermos que a obra de rega do Vale do Sorraia nunca regou esta zona de terreno”, explicou Francisco Oliveira, apelando ao ministro Poiares Maduro para que consiga desbloquear esta situação junto do Governo.O autarca referiu também que Coruche se afirma “cada vez mais” como a capital “mundial” da cortiça, tendo mais de 50 mil hectares de área de montado de sobro, o que se traduz em cerca de sete por cento da produção nacional de cortiça. “Coruche é actualmente o maior produtor de cortiça do país”, realçou. Francisco Oliveira acrescentou que o território coruchense vai-se afirmando também, cada vez mais, no turismo de aventura e turismo de natureza. Por isso continuam a apostar na Feira Internacional da Cortiça. “Apostamos na continuidade de uma estratégia definida pelo concelho e que tem sido facilitadora para a afirmação da fileira da cortiça como competitividade e inovação, tendo impacto no crescimento económico e criação de emprego”. O presidente do município de Coruche terminou o seu discurso apelando ao ministro-adjunto para que haja “urgência” na operacionalidade dos próximos fundos comunitários, que vão ser “fundamentais” para o desenvolvimento da região e de Coruche. “Temos que potenciar as nossas mais-valias” Poiares Maduro elogiou a aposta na FICOR e num produto, a cortiça, que se tem transformado numa mais-valia. “Este é o exemplo do tipo de iniciativas que temos que fazer para valorizar o nosso território. Devemos desenvolver uma competitividade inteligente. Num mundo cada vez mais globalizado, onde temos que ser competitivos a nível internacional, temos que potenciar as nossas mais-valias, ou seja, aquela parte da valorização dos recursos do próprio território, como forma de diferenciação e um valor acrescentado para o país”, referiu.O ministro pegou no exemplo da fileira da cortiça para demonstrar como é que um produto tradicional se conseguiu adaptar e inovar face aos novos desafios. “A cortiça é um produto que tem demonstrado essa mesma capacidade de acrescentar valor. Um produto que é tradicional, mas que, através do design, transferiu-se para novas áreas de negócio como a moda, o imobiliário ou a aeronáutica. É precisamente um desses exemplos que, juntando conhecimento, ciência e inovação, pudemos potenciar e transformar num valor em termos competitivos ainda maior para o nosso país”, salientou o governante.FICOR com actividades para todos os gostosA inauguração oficial da FICOR está marcada para as 17h00 de 29 de Maio, Quinta-Feira de Ascensão, e vai contar com a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, no Centro de Exposições de Coruche. Na sexta-feira, 30 de Maio, destaque para visitas à indústria corticeira (às 10h30 e 15h00). A partir das 9h00 realiza-se o congresso “Visão de Futuro para a Fileira da Cortiça”. Pelas 18h30 decorre a entrega de prémios do 2º Concurso de Vinhos de Coruche. A noite termina com o desfile de moda “Coruche Fashion Cork”, a partir das 22h00, no Parque do Sorraia.No sábado, 31 de Maio, destaque para o Troféu Multiracing (9h30), 3º Torneio FICOR em Hóquei em Patins (9h30), canoagem (10h30) e passeios de charrete (11h00). Ao meio-dia realiza-se um “show-cooking”, onde vai ser feito pão e bolos regionais. Pelas 17h30 há corrida de toiros. À noite sobe ao palco o cantor português Berg (22h00). No último dia, 1 de Junho, o programa proporciona passeios de barco, passeio de balão, passeios pedestre e BTT. Pelas 10h30 é a vez da corrida das Pontes e da Família. A partir das 19h00 há prova de vinhos. O certame encerra às 22h00.
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