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Cavaleiros templários e árabes “acampam” nas Salinas de Rio Maior

Cavaleiros templários e árabes “acampam” nas Salinas de Rio Maior

Recriação histórica repete-se de 13 a 15 Junho, recordando a venda das salinas à Ordem templária
As salinas de Rio Maior vão receber, de 13 a 15 de Junho, um acampamento de cavaleiros templários e outro de berberes, numa recriação histórica da venda de parte do poço e das salinas à Ordem Templária, em 1147.Carlos Pereira, arqueólogo do município e responsável pelo Ecomuseu das Salinas de Rio Maior, disse à Lusa que a escritura da venda de um quinto da água salgada do poço e das salinas por Pero de Aragão e sua mulher Sancha Soares à Ordem dos Templários é o documento mais antigo, conhecido, sobre as salinas, o que motivou a realização do evento.Alvo de uma candidatura a fundos comunitários, a primeira edição do evento realizou-se em 2012, assumindo este ano uma dimensão maior, integrando quatro vertentes - a recriação do acto da escritura, a “festa do povo”, organizada por Pero de Aragão para celebrar a venda, o acampamento templário “Eu, Cavaleiro Templário” e o acampamento almóada, assinalando a visita do emir berbere Ben Yussuf.Com o objectivo de chamar “novos públicos” às salinas de Rio Maior, o evento foi divulgado a nível internacional, tendo sido enviados cartazes para associações templárias em todo o mundo, nas respectivas línguas, visíveis em https://www.facebook.com/SalTemplarios, adiantou.Carlos Pereira disse que a ideia de um acampamento almóada surgiu da própria comunidade árabe em Portugal, que se “sente mal representada” nas feiras medievais que se realizam no país, sendo da sua responsabilidade a tenda e a decoração do acampamento. “Teremos o luxo da civilização árabe à época (século XII) face à pobreza da civilização cristã, representada pelos cavaleiros de Cristo” que assumiam um voto de pobreza.O arqueólogo frisou a forte aposta no “rigor histórico”, adiantando que o evento envolve todas as forças vivas da aldeia de Marinas do Sal, desde os salineiros à sua cooperativa, aos lojistas e à associação Aldeias do Sal.“A ideia é criar um espírito comunitário e criar as condições para, um dia, quando as pessoas vierem à aldeia, se sentirem a entrar no século XII”, disse, adiantando que, desde o ano passado, a população local tem sido incentivada a confecionar os seus próprios trajes, com tecidos e materiais da época.Classificadas como Imóvel de Interesse Público desde Dezembro de 1997, estas são as únicas salinas de interior existentes em Portugal, com a água, cerca de sete vezes mais salgada que a do mar, a provir de um poço, após passar por uma jazida de sal-gema.Carlos Pereira afirmou que a escritura da venda de parte das salinas aos Templários foi encontrada em pesquisas realizadas na Torre do Tombo, suspeitando-se que a sua origem e utilização remontam a épocas muito anteriores.No Ecomuseu é possível encontrar muita da informação resultante da investigação feita sobre o local, acrescentou.
Cavaleiros templários e árabes “acampam” nas Salinas de Rio Maior

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