Construção de pavilhão na Linhaceira divide coligação na Câmara de Tomar
Vereador independente Pedro Marques viabiliza proposta da presidente no sentido atribuir subsídio de 152.935 euros a associação da Linhaceira. Bruno Graça, da CDU, partido que está coligado com o PS, votou contra e apresentou proposta alternativa.
A construção de um pavilhão multiusos, que será anexo ao futuro centro escolar da Linhaceira, Tomar, dividiu o PS e a CDU, partidos que gerem a autarquia em coligação, na reunião de 11 de Junho. A presidente da câmara, Anabela Freitas (PS), apresentou uma proposta no sentido do executivo aprovar um subsídio extraordinário no valor de 152.935 euros à Associação Cultural e Recreativa (ACR) da Linhaceira visando a prossecução da obra, considerada de interesse para o município. A primeira tranche, no valor de 25.400 euros, será disponibilizada já no mês de Julho e as seguintes de acordo com a adjudicação da obra. A autarca explicou que o pavilhão irá ser parte integrante do futuro centro escolar, pese embora este estivesse previsto para outro terreno nessa localidade. Referiu que o centro escolar é fulcral para a autarquia pelo que as crianças que frequentarem esse equipamento virão, no futuro, a beneficiar do usufruto do pavilhão multiusos por um período de 25 anos. Numa atitude inédita em reuniões de executivo, o vereador da CDU, Bruno Graça, pediu a palavra para apresentar uma proposta alternativa, que assentava na doação do terreno à ACR da Linhaceira que, desse modo, poderia conseguir junto da banca o financiamento necessário para avançar com a construção do pavilhão. “Nunca, em quarenta anos, assisti à atribuição de um subsídio de valores tão elevados quanto este a uma associação do concelho. Não podemos estar a dizer uma coisa e a fazer outra”, disse Bruno Graça. O vereador, que também é dirigente da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, considerou ainda que, com a aprovação desta proposta, o projecto que actualmente existe para o centro escolar da Linhaceira vai ser atirado para o lixo, prejudicando-se o erário público. A proposta da presidente da autarquia acabou por ser aprovada, por maioria, com os votos favoráveis dos vereadores socialistas, Rui Serrano e Hugo Cristóvão, e ainda do vereador do movimento “Independentes por Tomar” Pedro Marques. O vereador Bruno Graça e o vereador do PSD, João Tenreiro, votaram contra. Por seu turno, a vereadora Maria Luísa Oliveira, do PSD, optou pela abstenção. “Não me parece ser criterioso começar um centro escolar por um dos seus espaços de apoio. Estamos a começar a casa pelo telhado, em vez de ser pelos alicerces”, disse.
Mais Notícias
A carregar...