Agência do Ambiente quer medidas que impeçam contaminação dos solos no aterro de Mato da Cruz
Na sequência de uma fuga de águas lixiviadas que levantou preocupação em Alverca e Calhandriz
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) notificou a Valorsul, que explora o aterro sanitário de Mato da Cruz, Calhandriz, às portas de Alverca, para que tome medidas para se evitar a contaminação do solo e águas subterrâneas. Na sequência de uma fuga de águas poluídas que houve no sistema. Numa carta enviada ao presidente da Câmara de Vila Franca de Xira a agência confirma ter enviado o ofício à Valorsul salientando que as medidas devem ser tomadas “com a brevidade possível”. No mesmo documento a APA informa que solicitou à Valorsul que também apresente a caracterização química das águas lixiviadas. Recorde-se que no início do mês a empresa Valorsul, que gere o equipamento, garantiu a O MIRANTE que a fuga das águas poluídas ficou confinada aos terrenos do aterro e que por isso a situação encontrava-se controlada. Os trabalhos desenvolvidos pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) já permitiram aos técnicos chegar a conclusões preliminares sobre os potenciais locais de fuga das águas poluídas. A Valorsul aguarda apenas que o LNEC informe sobre o local preciso para proceder à reparação.Os lixiviados são um líquido poluente proveniente da biodegradação dos resíduos, que se acumulam no fundo do aterro e depois são bombeados para estações de tratamento de águas. A Valorsul continua a garantir que a segurança das populações não está em causa. Desconhece-se, ainda, o impacto ambiental da situação. O aterro, de 42 hectares, funciona desde 1998.O aterro pertence à Valorsul, empresa de capitais públicos que serve os municípios de Alenquer, Alcobaça, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
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