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Estação dos correios de Alcoentre está à venda por quase 200 mil euros

Estação dos correios de Alcoentre está à venda por quase 200 mil euros

Instalações foram ocupadas numa manifestação contra o encerramento que ocorreu no ano passado
Os CTT puseram à venda o antigo posto de correio de Alcoentre, concelho de Azambuja, onde em Março do ano passado um grupo de manifestantes ocupou as instalações em protesto pelo encerramento do serviço e a sua passagem para uma papelaria da localidade. A empresa de distribuição postal pede pelo edifício cerca de 193 mil euros. Alguns moradores criticam a decisão dos Correios e os autarcas lamentam este desfecho para o espaço situado na Rua Conselheiro Frederico Arouca.A situação merece críticas dos autarcas de vários quadrantes políticos. O presidente da câmara, Luís de Sousa (PS), lembra que quase o detiveram por estar na manifestação e agora conclui-se que “a luta do povo de nada serviu”. O autarca diz que poderá haver interesse de uma instituição bancária de Azambuja em instalar no local um balcão. O ex-vereador da CDU e actual eleito na Assembleia Municipal de Azambuja, António Nobre, diz que “é lamentável ver o edifício à venda” e que esta situação corresponde ao “estado lamentável” a que chegaram os correios. Para quem vive em Alcoentre o serviço nunca mais foi o mesmo. Pedro Dionísio, um dos moradores da localidade, diz em declarações a O MIRANTE que “não confia” no serviço prestado na papelaria. “Havia outro grau de responsabilidade quando era o balcão dos CTT a prestar o serviço”, salienta. A sua vizinha, Graciete Pires, lamenta que “uma imagem da terra” tenha fechado portas e diz que a venda da estação vai ser prejudicial para Alcoentre.A estação é composta por duas partes, ambas com apenas um piso. Um dos espaços está ocupado com serviços da PT comunicações. Tem uma área total de 1791 metros quadrados. Em Março do ano passado, recorde-se, dezenas de populares ocuparam a estação durante oito horas, em protesto contra o encerramento anunciado pelos CTT. O protesto só acabou pelas duas da madrugada com a intervenção da GNR. Na ocasião o porta-voz dos CTT explicou que a população poderia continuar a fazer a cobrança de vales, levantamento de reformas, pagamento de facturas e envio de cartas e encomendas até 30 quilos na papelaria local.
Estação dos correios de Alcoentre está à venda por quase 200 mil euros

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