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Espírito de equipa, rigor e exigência são os segredos do sucesso do triatlo do Alhandra Sporting Club

Espírito de equipa, rigor e exigência são os segredos do sucesso do triatlo do Alhandra Sporting Club

Meta do clube é chegar até ao final deste ciclo olímpico com uma equipa a disputar os três primeiros lugares nacionais

Nos últimos cinco anos a equipa foi bi-campeã nacional de triatlo masculino e feminino e nos últimos sete anos conseguiu a proeza de estar sempre entre as três melhores equipas nacionais.

O segredo para o sucesso da equipa de triatlo do Alhandra Sporting Club (ASC), que tem somado vitórias, reside num elevado espírito de equipa e muito rigor e exigência aplicado em todos os treinos. Pedro Leitão, 25 anos, é o actual coordenador da equipa de competição do clube, que nos últimos cinco anos foi bi-campeã nacional de triatlo masculino e feminino e nos últimos sete anos conseguiu a proeza de estar sempre entre as três melhores equipas nacionais. No último ano, contudo, a saída de vários atletas para outros clubes, como João Pereira, para o Benfica, deixou a equipa mais desfalcada e Pedro admite que o clube “foi abaixo”. Mas esses tempos já lá vão e os bons resultados começam novamente a aparecer, o que faz os responsáveis voltar a colocar a fasquia bem alta: chegar ao final deste ciclo olímpico com uma equipa a disputar os três primeiros lugares nacionais. Ter um atleta a representar a camisola do clube nos próximos jogos olímpicos é outro dos sonhos da equipa de triatlo do ASC.“Sempre tivemos um grande espírito em envolver o grupo. Isso é meio caminho andado para termos aqui atletas a treinar todos os dias. Mesmo que não lhes apeteça vêm ter com os amigos. É algo que caracteriza o ASC, o espírito de grupo é o grande segredo e tem dado frutos. Temos uma grande camada jovem”, refere Pedro Leitão a O MIRANTE. Para obterem bons resultados os atletas têm de fazer treinos exigentes. Um dia típico pode começar às seis da manhã com treinos de natação, seguido de pausa para as aulas e depois treino de corrida ou bicicleta, complementado, por exemplo, com treino de força. Numa semana de treino um atleta que participe nas provas principais fará cerca de 60 quilómetros de corrida.Actualmente o clube tem filiados 90 atletas, sendo que 70 treinam no clube frequentemente. O maior número de atletas da equipa está nos escalões de formação, nas idades entre os 8 e os 20 anos, e a maioria é do concelho de Vila Franca de Xira. A modalidade arrancou no Alhandra Sporting Club em 2005, na altura com apenas 20 jovens. “O triatlo é uma modalidade com muita diversidade e custa a saturar. Depois de experimentarem a primeira prova, a maioria dos jovens adora e quer repetir. Há sempre uma história para contar no final de cada prova”, explica Pedro Leitão. Hoje em dia o clube tem várias promessas em formação que poderão levar mais longe a camisola do ASC. É o caso de Melanie Santos, 19 anos, que está no centro de alto rendimento do Jamor e que tem ainda possibilidades de ir aos jogos olímpicos de 2016. Luís Ferreira e Luís Monteiro, que foram ao campeonato do mundo de duatlo e à taça da Europa de triatlo, juntamente com Inês Pereira, cadete, que foi à taça da Europa de triatlo, são outras jovens promessas.“Em juvenis temos também três atletas femininas, a Grabiela Ribeiro, Daniela Sampaio e Sílvia Coelho, com potencial enorme. Quem conhece a modalidade sabe que ela precisa de atletas femininas com nível e isso até lhes abre mais portas”, explica Pedro Leitão.Além de Pedro a equipa técnica do triatlo é composta pelos treinadores Marta Baleizão, Ivo Cristeta, Ana Filipa Sampaio, Ana Filipa Ferreira e Leonor Gomes. A época de triatlo acaba em Outubro mas as inscrições para a próxima época já estão abertas no clube, durante os meses de Julho e Setembro.Saída de João Pereira foi pacíficaO último ano no triatlo do ASC ficou marcado pela saída de João Pereira, um dos seus rostos principais, para o Benfica. Mas Pedro Leitão garante que não ficaram ressentimentos. “Não é fácil ver sair os talentos do clube. Com o João Pereira não nos chateámos por isso. Ele tem a vida dele, por muito que tenha o coração aqui, e continua a ser nosso amigo. Há dias em que lhe peço para pedalar connosco, é um estímulo para estes jovens. Terem o campeão a treinar com eles é uma forma de darem o litro”, conta.Ainda presente na memória está o dia em que o clube deixou escapar uma presença nos jogos olímpicos por uma unha negra. “O João Pereira falhou a qualificação por pouco. Na etapa de Madrid tinha de ficar nos 23 primeiros e acabou a prova em 26º ou 27º. Foi bastante próximo. Teria sido o grande feito do Alhandra. Depois apareceu a proposta do Benfica e aguentar o João durante mais 4 anos era complicadíssimo”, lamenta o coordenador do triatlo do clube.
Espírito de equipa, rigor e exigência são os segredos do sucesso do triatlo do Alhandra Sporting Club

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