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Rui Salvador promete na corrida dos 30 anos continuar a dar espectáculo por mais anos

Rui Salvador promete na corrida dos 30 anos continuar a dar espectáculo por mais anos

Cavaleiro de Tomar lidou seis toiros numa noite e emocionou o público que enchia a praça
Rui Salvador, um dos veteranos da tauromaquia em Portugal ainda em actividade, quer continuar por mais anos a tourear. Com 30 anos de alternativa de cavaleiro tauromáquico não sabe quantos mais anos vai continuar a lidar toiros nas praças mas sente-se com forças para continuar a alimentar a paixão. A prova disso foi a Corrida do Emigrante, que assinalou as três décadas de alternativa, na praça de Tomar, onde lidou seis toiros numa noite de emoções, mostrando que a energia tem também muito de vontade e dedicação à tauromaquia. O cavaleiro de Tomar, arquitecto de profissão, com 49 anos, mostrou a sua arte a uma praça cheia que o aplaudiu várias vezes ao longo da noite de sexta-feira, 8 de Agosto. “Outros trinta não mas penso ficar ainda mais alguns anos na festa. A maior recompensa é ver esta praça cheia”, disse Salvador no final, emocionado com as manifestações de carinho dos aficionados. Muitos deles emigrantes que habitualmente vão à corrida que lhes é dedicada. Rui Salvador é um cavaleiro com uma forma muito própria de estar na festa e que conquista as pessoas, a começar pelo seu apoderado, Carlos Amorim, que o representa há 24 anos, um feito raro na tauromaquia. O empresário, que não escondia a emoção pelo facto do público estar a vibrar nas bancadas, referiu a O MIRANTE que “ser apoderado do Rui Salvador há tantos anos é uma coisa que não tem explicação. Há muita intimidade, também há muitas chatices, mas há momentos de muita diversão e amizade. Considero-me feliz por ter conhecido o Rui e ser amigo da família e de juntos vivermos momentos importantes”.A Corrida do Emigrante ficou marcada por diversos momentos emocionantes. Antes do início do espectáculo, foi descerrada uma placa nos corredores da praça que assinala os 30 anos de glória do cavaleiro que tem sido o grande impulsionador da praça que tem o nome do seu pai, José Salvador. Ao intervalo, Rui Salvador foi homenageado publicamente, recebendo distinções no centro da praça por parte de diversos convidados, entre os quais da câmara municipal e da Casa do Concelho de Tomar. O cavaleiro emocionou o público também após o intervalo quando beijou o filho, Bernardo Salvador, no final da lide a duo do quarto toiro. O público aplaudiu o gesto de pé. “És lindo”, gritou uma mulher das bancadas. Choveram flores quando pai e filho deram a volta à arena. O momento em que partilhou a lide com o cavaleiro praticante David Gomes também foi bastante aplaudido. Dada a prestação dos toiros, o ganadeiro Joaquim Grave foi chamado para receber os aplausos após a quinta lide. A corrida terminou em apoteose com o cavaleiro a ser passeado em ombros na arena onde já escreveu muitos capítulos da sua história. Rui Salvador montou doze cavalos ao longo da noite. Quando pretendia trocar de cavalo gritava para o pessoal das cavalariças o nome da montada seguinte. O espectáculo decorreu sempre com um ritmo alucinante e com o cavaleiro de olhar concentrado. Rui Salvador dedicou as actuações à mãe, ao pai, à esposa, às bandas que abrilhantaram o espectáculo, ao seu apoderado Carlos Amorim, a José Tinoca e restante equipa que com ele trabalha.Pegaram, sem grandes complicações, os forcados dos Amadores de Tomar e da Chamusca e do Aposento da Chamusca. O pessoal dos curros teve que laçar os toiros por duas ocasiões, dado que teimavam em não sair da praça. Uma noite que ficou na memória de muitos aficionados e também de um cavaleiro que mostrou que, apesar das três décadas de actividade, ainda está aí para fazer levantar as praças em aplausos.
Rui Salvador promete na corrida dos 30 anos continuar a dar espectáculo por mais anos

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