O Festival Materiais Diversos promete realizar, de 18 a 27 de Setembro, a sua edição “mais internacional”, mantendo a diversidade de oferta de espectáculos de dança, teatro, música, formação, conferências, cinema e DJ.Considerando que o Festival Materiais Diversos (FDM) se impôs nos últimos anos como “um ponto incontornável da oferta cultural da região centro”, a organização afirma que “muitas serão as propostas que justificam a visita a Minde, Alcanena, Torres Novas e Cartaxo, localidades com uma enorme riqueza natural e patrimonial, a sensivelmente uma hora de Lisboa”.A sexta edição do festival, dirigido pelo coreógrafo Tiago Guedes, abrirá, dia 18 de Setembro, com um espectáculo que tem por protagonistas os operários da indústria dos curtumes, principal motor económico do concelho de Alcanena. “Não sou só eu aqui”, da encenadora Cláudia Gaiolas e da videasta Rita Rio de Sousa, insere-se nas comemorações do centenário do concelho.O outro trabalho desenvolvido com a comunidade, “uma tónica deste festival”, terá honras de encerramento, a criação “Tempo do Corpo”, de Sofia Silva, resultado de uma residência artística com um grupo de maiores de 65 anos, do Cartaxo.As propostas nacionais incluem ainda trabalhos das coreógrafas Clara Andermatt, Cláudia Dias, da dupla Leonor Keil e Francisco Campos e dos jovens criadores Ângelo Cid Neto e Sara Chéu, num “discurso crítico sobre a tradição, identidade, as relações e a contemporaneidade”, refere uma nota de divulgação do festival.Os espectáculos internacionais - todos estreias em Portugal - vêm de países tão diversos como o Brasil, França, Tunísia, Equador, Bélgica e Marrocos, fazendo-se representar por nomes que estão a marcar o universo das artes performativas como Marcelo Evelin, Kevin Jean, Radhouane El Meddeb, Fabián Barba ou Bouchra Ouizgen, sublinha a organização.No dia 26 de Setembro, Capicua apresenta em Minde o som do seu mais recente álbum, “Sereia Louca”, depois de, no fim de semana anterior, se ouvirem as sonoridades “trance” do compositor e produtor italiano Lorenzo Senni.Ao longo dos dez dias do festival, haverá espaço para conferências sobre o desenvolvimento cultural da região e em torno da história da dança, aulas de dança e de teatro para todos, um “domingueiro piquenique comunitário” na mata de Minde, “também espaço de reflexão orientado por um grupo de estudantes de artes da região, que acompanharão criticamente todos os espectáculos”, sublinha Tiago Guedes, director artístico do Festival.Serão “dez dias efervescentes de actividade que convocam a olhar o mundo através da visão de artistas, em pleno diálogo com a comunidade local, as suas associações e participantes entusiastas”, sublinha Tiago Guedes.O director artístico do FDM considera essencial para o sucesso da iniciativa a “sólida parceria” da Associação Cultural Materiais Diversos com os municípios de Torres Novas, Alcanena e Cartaxo e com a Secretaria de Estado da Cultura/Direção Geral das Artes. “O FMD afirma-se como uma referência nacional e internacional, espaço de descoberta do que de melhor se produz no campo das artes performativas”, destaca.