"Só se tem sucesso com muito esforço e dedicação"
Cayetana Olazabal, 33 anos, médica dentista na Smile Factory, Samora Correia
Filha de pai espanhol e mãe portuguesa, Cayetana nasceu em Madrid mas vive em Portugal desde os sete anos. Na hora de escolher uma cidade onde montar a sua clínica não hesitou e escolheu Samora Correia. Quando era pequena sonhava ser veterinária mas no décimo ano optou pela profissão de dentista. Gosta de atender crianças e diz que tem muita paciência. Gostava de conhecer alguns países asiáticos e o Brasil.
Quando era criança, como gostava muito de animais, queria ser veterinária. Depois no liceu assisti a uma acção de divulgação do curso de medicina dentária e decidi que era aquilo que queria fazer.Nasci em Madrid mas o meu pai é originário do País Basco, onde ainda vive com a minha mãe que é portuguesa. Vou várias vezes ao ano visitá-los. Vivo em Portugal há mais de vinte anos, vim para cá quando tinha sete anos. Quando lhes disse que queria ser médica dentista tive o seu completo apoio. Nunca tive medo de dentistas. Acho que da minha geração há pouca gente a ter medo. Ter ou não ter medo depende muito da primeira experiência que se tem com o dentista. Por causa disso tenho muito cuidado com as crianças e adolescentes. Tenho muita paciência e gosto de tratar crianças. Já não há dor no dentista e não trato ninguém com dor. Sou muito perfeccionista no meu dia-a-dia. Quando faço trabalhos de estética pergunto sempre a opinião do paciente, quero que ele fique satisfeito com o trabalho final. Acredito que, em todas as áreas, só se tem sucesso e se consegue resultados com muito esforço e dedicação. Quem não é perfeccionista não consegue ser bom naquilo que faz. Já fiz várias pós-graduações e formações, incluindo uma de cirurgia oral em Cuba, para extracção de sisos. Gosto de estar actualizada e eles são espectaculares na área da saúde. Trabalho a mais não é bom. Para sermos melhores profissionalmente também temos de desanuviar. Gosto de passear com as minhas filhas, andar de bicicleta e ir à praia. Gosto da Caparica e da Comporta. Também gosto de dar festas. Cresci numa casa cheia que sempre teve as portas abertas para os amigos e para a família. Gosto de casas com movimento. A minha casa é sempre uma roda viva e até gostava que fosse mais. Mas está sempre aberta ao fim-de-semana.Sei cozinhar e o que me dá verdadeiro prazer é fazer doces. Sei que os doces fazem mal aos dentes mas, como diz o ditado popular, em casa de ferreiro espeto de pau. O meu doce favorito é o bolo de chocolate. Batem-me à porta quase todos os dias a pedir emprego. É complicado lidar com isso. As coisas não pioraram, mas espero que melhorem para quando chegar a altura as minhas filhas não tenham de lidar com as dificuldades que vejo actualmente. Conheço muitas famílias com filhos recém-licenciados que não conseguem arranjar emprego. A crise não aconteceu de um dia para o outro, foi acontecendo. Não fui apanhada de surpresa. Se alguma vez pensei que fosse chegar ao ponto a que chegou? Não sei. Mas a esperança é a última a morrer por isso acho sempre que as coisas só podem melhorar. Temos de ser optimistas em relação ao futuro. É a minha sócia e colega que me arranja os dentes. Confio no trabalho dela a cem por cento. As pessoas mais difíceis de tratar são os familiares, ficamos mais apreensivos. Por alguma razão na área da medicina se diz que não se deve tratar os familiares directos. Em algumas áreas há médicos que não tratam os pais nem os filhos. Na hora de tomar uma decisão podem não pensar bem porque estão emocionalmente ligados às pessoas. Filipe Matias
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