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Lesão numa anca afastou Luísa Condeço da competição durante toda a época

Lesão numa anca afastou Luísa Condeço da competição durante toda a época

Um ano sem competir não retirou o entusiasmo da jovem triatleta de Alpiarça pelo triatlo

Aos 18 anos, Luísa Condeço é já uma grande certeza do triatlo nacional e internacional. Compete pelo “Águias de Alpiarça” e pela Selecção Nacional, foi diversas vezes campeã nacional em todas as categorias, mesmo a seniores. É ainda júnior. Uma lesão afastou-a da competição mas não acabou com a carreira.

Quem vê o sorriso e a simpatia cativante de Luísa Condeço, está longe de perceber o longo calvário porque a jovem triatleta do Clube Desportivo “Os Águias” de Alpiarça, tem passado. A jovem lesionou-se com gravidade antes do início da época e está há um ano sem competir e em tratamento constante. “Foi uma lesão numa anca que surgiu durante os treinos de início da época passada”, disse.A campeã nacional está entre as melhores triatletas nacionais e já foi chamada a representar o nosso país em provas internacionais, Campeonatos do Mundo e da Europa. É considerada uma das melhores triatletas nacionais, por isso esta lesão, aos 18 anos, não veio na melhor altura da sua carreira.Quando a lesão surgiu, não se sabe bem como, se do esforço se de algumas quedas que teve durante a época passada, Luísa Condeço, os treinadores e os médicos e fisioterapeutas logo viram que tinha que parar. “Não podia continuar porque o problema era grave. Fui fazendo tratamento e rapidamente chegámos à conclusão que esta época era perdida”, disse com alguma tristeza na voz.Parou efectivamente e esteve toda a época sem competir, agora já se encontra a treinar juntamente com as colegas, mas não vai fazer a última prova deste ano. “Estou a treinar com vontade mas com precaução, não vou competir na última prova do ano, vou guardar todo o entusiasmo para a próxima época”, garantiu.Luísa Condeço tem acompanhado a par e passo a carreira das suas companheiras e companheiros de equipa. “Acompanho as equipas de Alpiarça, vou a todas as provas e já consigo ver que quando se diz que se sofre mais cá fora do que lá dentro, não é uma frase feita é mesmo uma realidade. Corro e salto que nem uma louca a incentivar os meus amigos, sofre-se muito e quando chegam à meta corro a abraçá-los com grande amizade, são grandes atletas”, disse.A grave lesão e estar um ano sem competir não lhe retirou a vontade de regressar ao mais alto nível, nem de continuar a lutar para que a sua equipa “Os Águias” e a Selecção Nacional continuem a contar com ela para serem cada vez mais fortes. “Vou continuar a fazer o que gosto. Que é fazer triatlo com todo o empenho. Já treino sempre nos limites, quero voltar aos píncaros do triatlo nacional e quero continuar a ser reconhecida a nível internacional”, afirma a jovem.O seu sorriso brilha ainda mais quando diz que não considera que tenha sido um ano perdido na sua carreira. “Prefiro dizer que foi uma época de transição. Foi um ano que deu para estudar um pouco mais e fazer o décimo segundo ano com notas razoáveis, e agora dedicar-me mais aos treinos de triatlo”, garante.A jovem alpiarcense tem ideias claras quanto ao seu futuro. Quer continuar a fazer carreira no triatlo ao mais alto nível, mas também quer estudar e ir para a faculdade tirar um curso, que ainda não escolheu. Por isso, e embora não seja fácil conciliar os estudos com a prática do triatlo, Luísa Condeço garante que com método e organização tudo se faz. Luísa Condeço não tem medo de competir mesmo com as atletas mais velhas. “Quando entro em prova só penso em fazer a minha prova. Não sinto a pressão das outras atletas e às vezes até me surpreendo quando chego ao fim à frente de muitas atletas seniores”, garante a jovem atleta que não esconde que continua a ter o “sonho muito grande”; quer participar nuns Jogos Olímpicos. “Ainda é muito cedo mas é um sonho que ninguém me pode cortar”, garante.Para continuar a ser acarinhada na sua terra natal da forma simpática como os seus conterrâneos o fazem, Luísa Condeço diz que quer corresponder com vitórias. “Isso passa sempre pelas excelentes condições que os dirigentes e o meu treinador colocam à minha disposição. Eu dou sempre o máximo e sinto-me recompensada com o apoio das pessoas e também por ver que as entidades oficiais não estão de costas voltadas para nós”, diz de forma sentida.O apoio dos seus pais também não é colocado de parte pela jovem triatleta. “Quando souberam da lesão ficaram preocupados, mas nunca puseram em causa a minha vontade de continuar, tudo têm feito para que eu me trate da melhor forma possível. Posso dizer que os meus pais são o meu maior e mais importante apoio, estão sempre presentes nos meus triunfos e nas minhas dores”, diz sem pestanejar a jovem atleta. Agora, Luísa Condeço já só pensa em voltar à competição. “Estou a treinar com cuidado, mas com muito entusiasmo, ainda estou a fazer tratamento mas é só para que a lesão não sofra nenhuma recaída, mas quero iniciar a próxima época em forma, treino com as minhas companheiras e sinto o seu incentivo com muita emoção. É muito bom sentir a amizade de todos os componentes do grupo e de todos os dirigentes de “Os Águias”, podem contar comigo para toda a a época que vem”, garante com o entusiasmo bem patente no seu rosto.
Lesão numa anca afastou Luísa Condeço da competição durante toda a época

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