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Não há descanso eterno que aguente

Não há descanso eterno que aguente

Fala-se em descanso eterno quando alguém morre e a expressão parece adequada aos cemitérios mas nem sempre assim acontece. No cemitério da cidade de Vila Franca de Xira, onde decorrem obras de alargamento, o descanso está longe de ser eterno e quem tem que acompanhar entes queridos à última morada nem sempre beneficia dos momentos de silêncio adequados às circunstâncias. Foi o que aconteceu recentemente num funeral. Na altura em que os familiares e amigos do falecido se juntaram próximo da campa para ouvir as orações do padre foi quando a actividade dos operários atingiu o seu clímax de ruído e vibração. A vereadora da Coligação Novo Rumo, Helena de Jesus, que participava na cerimónia, levantou a questão numa reunião do executivo municipal, dizendo que se tratou de uma “falta de respeito”. O presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), admitiu que, efectivamente, não faz “sentido nenhum” decorrerem obras ao mesmo tempo de funerais e já terá dado indicações para pararem os trabalhos sempre que se realizar alguma cerimónia fúnebre. Resta agora saber se o empreiteiro não vai pedir o alargamento do prazo de conclusão dos trabalhos alegando excesso de enterros.
Não há descanso eterno que aguente

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