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Relação absolve advogado que ridicularizou Santuário de Fátima 

Haja Deus! Porque justiça já houve! O que impressiona não é tanto esta decisão do Tribunal da Relação de Coimbra! O que é verdadeiramente impressionante é a decisão do Tribunal de Ourém que encontrou matéria para condenar o advogado Cândido de Oliveira nas palavras que proferiu acusando o santuário de ganância numa disputa entre esta entidade e o Município de Ourém. Não sei se estamos perante um problema de linguagem ou de linguística; se estamos perante um problema cultural ou de estilo, ou se tudo se resume a um singelo problema social em que há organizações que se acham acima da crítica e que, por isso mesmo, assumem padrões de auto-estima e de melindre de uma sensibilidade extremamente elevada. Por outro lado, não sei até que ponto a decisão de um tribunal será a mesma se o acusado de ganância for o Santuário de Fátima ou o Zé da Esquina, mesmo que o objecto em jogo sejam os mesmos míseros metros quadrados de terreno, reivindicados por ambos. E, aqui, poderá pôr-se um problema de justiça, (sem pôr em causa a justiça) onde, aparentemente, o mais forte, o mais poderoso, o que pode reunir melhor argumentação, pode ser mais convincente e fazer pender as decisões para o seu lado. E esta é a parte que parece mais preocupante. Deixo claro que não conheço os pormenores deste assunto, apenas sei o que tenho lido, conheço o espaço, o terreno em causa há muito tempo e sempre o julguei público, mas isso não significa nada. E como entendo que o Santuário de Fátima, sendo a entidade respeitável que é, não está acima da crítica, sempre que seja caso disso, parece-me que não deve ficar tão melindrado com a tal “ganância”, porque, afinal, “ambição por obter ganhos” não passa de uma das inúmeras manifestações da fraqueza humana.João da Costa

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