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José João Teodoro

Reformado, 67 anos, Alpiarça

“É mais fácil ser empregado. Um empregado trabalha as horas que tem que trabalhar e depois vai para casa tratar da sua vida. Um patrão além de trabalhar tem que se preocupar em pagar ordenados e pagar o que deve aos fornecedores. Um patrão acaba sempre por ter mais dores de cabeça, porque tem que dar tudo para que a empresa não vá à falência”* * *“Adoro cozinhar, é algo que me dá muito prazer. Tenho várias especialidades, mas a caldeirada é um prato que faço muito bem. Também faço um óptimo bacalhau guisado e sopa de todas as qualidades”

Estamos a construir um bom país para as gerações vindouras?Não, porque nunca tivemos políticos à altura de colocar o país no bom caminho e isso reflecte-se agora que nos vimos obrigados a pedir ajuda externa e não conseguimos criar medidas para que o país evolua e se consiga desenvolver. Estamos a caminhar para o caos, onde não há dinheiro para nada.Se tivesse oportunidade o que diria ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho?Dava-lhe a minha opinião e mostrava-lhe o meu desagrado em relação às medidas que têm sido tomadas. Defendo que estas medidas já deviam ter sido implementadas há muito tempo e ele nem está a fazer um mau trabalho. O problema é que os prejudicados são sempre os mesmos, são sempre aqueles que menos dinheiro têm. Para equilibrar as coisas, quem tem mais dinheiro devia contribuir mais para pagar a dívida do Estado e, infelizmente, não é isso que está a acontecer.É mais fácil ser patrão ou empregado?Julgo que é mais fácil ser empregado. Um empregado trabalha as horas que tem que trabalhar e depois vai para casa tratar da sua vida. Um patrão além de trabalhar tem que se preocupar em pagar ordenados e pagar o que deve aos fornecedores. Um patrão acaba sempre por ter mais dores de cabeça porque tem que dar tudo para que a empresa não vá à falência.Se lhe pedissem dinheiro à porta de um supermercado dava?Não. Prefiro comprar a comida e dar. Não dou o dinheiro porque muitas vezes não é para comerem, é apenas para alimentarem os seus vícios.Se fosse convidado para almoçar com o presidente da câmara, o que lhe dizia?Tenho uma boa relação de amizade com o actual presidente da câmara municipal [Mário Pereira]. Era capaz de lhe dizer que há muitas obras que têm sido feitas no concelho que são mais de fachada do que propriamente de criação de emprego. Mas acho que tem feito um bom trabalho por Alpiarça.O que faz falta em Alpiarça?O concelho está bem servido de infra-estruturas para toda a população. Além disso, aqui existe uma grande qualidade de vida que não se encontra nos grandes centros urbanos. Alpiarça tem um pouco de tudo aquilo que é importante para a população.Aceitava o desafio de andar um mês de gravata em pleno Verão?Não sou homem de andar de gravata, gosto de andar à vontade. Mas se tivesse mesmo que ser tinha que andar, mas com sacrifício [risos]. Gosto de andar com roupa confortável. Só uso gravatas em ocasiões especiais.Alguma vez pensou em emigrar?Nunca. Sempre acreditei que bastava procurarmos emprego e termos vontade de trabalhar que as coisas surgiam. Hoje em dia é diferente e o país está a atravessar uma fase complicada. A melhor solução para os nossos jovens, infelizmente, será mesmo emigrar.No Verão, à mesa, prefere coiratos com vinho tinto ou caracóis com cerveja?Não sou grande apreciador de coiratos e não bebo vinho. Gosto de caracóis mas este ano ainda não os provei. O que me dá mesmo prazer comer é salada de tomate. Como quase todos os dias a acompanhar com as refeições.O que faz nos tempos livres?Trato da horta do meu filho e da que tenho em minha casa e adoro caçar. Caço desde os 18 anos. Não ligo ao futebol nem tenho clube. A minha paixão é a caça, adoro a liberdade que a caça que nos dá.Gosta mais de comer ou de cozinhar?Adoro cozinhar, é algo que me dá muito prazer. Tenho várias especialidades mas a caldeirada é um prato que faço muito bem. Também faço um óptimo bacalhau guisado e sopa de todas as qualidades.O que faria se lhe saísse o euromilhões?Ajudava a minha família e pessoas que eu sei que passam dificuldades financeiras. Já visitei alguns países mas aproveitava o dinheiro para viajar e aproveitar ainda mais a vida.

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