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Os elogios são para as festas, para a gastronomia, para o património, para a vida e para a vila. Para os inquiridos por O MIRANTE abandonar o Sardoal está fora de questão. Há quem lance desafios para travar a desertificação do interior. Que cada um invista o que puder na sua terra natal, por exemplo. Receber amigos é um prazer mas o prazer é maior quando se trata de recebê-los numa terra com tanta beleza. Cada um tem o seu roteiro próprio para guiar visitantes. Pela descrição vale a pena aceitar todas as sugestões...de uma ponta à outra.

Andreia Costa, empresária, Sardoal“Se cada um investisse um pouco na sua terra não havia aldeias desertas”A jovem empresária Andreia Costa, que abriu no centro do Sardoal, a “Villa Baco”, uma loja de vinhos, considera que as festas do concelho são importantes para todos. “Para nós, que vivemos cá, representam uma motivação acrescida, para as pessoas que são de cá mas vivem fora porque são sempre um momento de reencontro, uma oportunidade de voltar às suas raízes e depois porque atraem muita gente de fora”, atesta. Andreia Costa considera que as festas contribuem para a dinâmica e para a economia do concelho, apesar de se realizarem em pleno arranque do ano lectivo, com todos os gastos escolares das famílias inerentes a esta época. Se recebesse amigos no Sardoal, diz que os levava a todas as Igrejas e Capelas e à Villa Baco (obviamente) e faria com eles um roteiro pelas fontes, bem como um passeio pela vila que considera que acaba por encantar “só por ela própria”. Quanto à comida, aconselharia a experimentarem a cozinha fervida à moda do Sardoal (uma espécie de açorda) e as tigeladas da Artelinho, de Alcaravela. Andreia Costa já tem um outro negócio aberto em Alferrarede, Abrantes, onde reside actualmente apesar de continuar a manter residência no Sardoal. Se conseguisse ter dinheiro, provavelmente, investia numa grande cidade mas nunca fecharia o negócio em Alferrarede ou no Sardoal. “É necessário e extremamente importante que haja novas vidas nas regiões mais pequenas. Se cada um de nós pudesse investir qualquer coisa na sua terra não havia nenhuma aldeia do interior que estivesse despovoada”, conclui. António Mendonça, empresário, Sardoal“As festas servem para divulgar o que fomos e quem somos”“As festas, na minha opinião, são mais importantes para as gentes do concelho, pelo seu significado histórico, pela atracção que provocam a quem nos visita”. Quem o diz é António Mendonça, empresário do Sardoal, acrescentando que as festividades também servem “para divulgar o que fomos e quem somos”. O gerente da Construssar mostrava aos amigos que o vinham visitar ao Sardoal vários lugares mas um muito em especial: o Chafariz das Três Bicas. Reza a lenda que quem beber desta água fica no Sardoal. “É disso mesmo que precisamos, de fixar gente ou trazer gente para o Sardoal”, diz, frisando ainda as propriedades medicinais que esta água tem. António Mendonça só não gosta de ver o elevado estado de degradação em que o mesmo chafariz se encontra. “Convém conservar ou restaurar, senão a lenda poderá não fazer sentido”, afirma, meio a sério, meio a brincar. O dinâmico empresário não escolheria outro local para abrir um novo negócio que não a sua terra natal. “Abriria no Sardoal, como recentemente fiz. Para que o comércio local se mantenha é também necessário outro tipo de investimento para que a criação de emprego seja uma realidade”, vinca. André Rodrigues, médico dentista, Sardoal“O Sardoal é uma vila cativante”O médico dentista André Rodrigues considera que as festas são muito importantes para os sardoalenses, sejam os que vivem no Sardoal ou os de fora. “São uma maneira de conservar as tradições e, ao mesmo tempo, de reunir as pessoas, familiares e amigos, num ambiente festivo”, diz. “As festas promovem a nossa gastronomia, artesanato, música, teatro, exposições e tradições populares”, exemplifica. Se fosse guia turístico, o médico levava os de fora a conhecerem o centro histórico da vila, que considera muito cativante. O roteiro contemplava a igreja matriz, rica pelas suas obras de arte, destacando a ilustre pintura do mestre do Sardoal. Mas também a Casa Grande ou dos Almeidas, pela sua imponente arquitectura e ainda as capelas, o Centro Cultural Gil Vicente, o miradouro, a biblioteca e outros recantos. “Acho certamente indispensável um passeio sem tempo, pela ponte, fonte e pelo Chafariz das Três Bicas”, sugere. André Rodrigues considera que no Sardoal existe uma variedade gastronómica relevante, com produtos caseiro de alta qualidade. “Gostaria que provassem em primeiro lugar os nossos queijos, enchidos, acompanhados com o nosso vinho da região. De seguida, os nossos pratos típicos, cozinha fervida, migas, chanfana e por fim os nossos doces típicos muito bons”, diz. Apesar da ambição de continuar a evoluir dentro da área profissional, continuando ligado a Lisboa, não pensa em abrir um negócio e ir viver para outro lado, embora não descarte a hipótese de expandir. Mª Manuela Gaspar, cabeleireira, Alcaravela (Sardoal)“Só por extrema necessidade deixaria o meu concelho”Maria Manuela Gaspar também considera que as festas do concelho do Sardoal são importantes para todos. “Para quem vive no concelho, porque são dias de muito convívio entre os residentes de todas as povoações e uma excelente oportunidade para apresentar o que de melhor se faz por cá. Mas também para colectividades do concelho porque participam activamente e dinamizam grande parte das actividades das festas”, exemplifica a proprietária do “NeliBel - Salão de Beleza Unissexo” situado em Alcaravela, concelho do Sardoal. Se tivesse que levar alguém numa visita guiada ao Sardoal, Maria Manuela escolhia mostrar todo o património natural e edificado que ali existe. Para desfrutarem das maravilhas naturais, mostraria como as zonas da Lapa, Rosa Mana, Codes e Moinhos de Entrevinhas. No que diz respeito ao património edificado, visitariam as igrejas e capelas e, obviamente, o Centro Cultural Gil Vicente, com paragem obrigatória no espaço “Cá da Terra”, para poderem conhecer e adquirir artigos de produção local. Quanto à comida Maria Manuela seleccionaria a Cozinha Fervida com bacalhau grelhado e bem regado com azeite e pão caseiro da Artelinho. Tudo acompanhado com vinhos das Quintas do Coro e Vale do Armo. À sobremesa, as tigeladas da Artelinho. Diz que abrir outro negócio noutra zona do país está fora de questão. Só por extrema necessidade deixaria o meu concelho”, refere.

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