O Jardim Urbano de Azambuja tem relva. Ou seja, tem algo que muitos jardins modernos não têm. E tem também uma antiga chaminé de uma fábrica do século passado, em tijolo...cor de tijolo. Uma originalidade que serve para recordar o que ali existiu em tempos e que, dada a ausência de sombras, dá aos visitantes, pelo menos nos dias de sol, uma sensação real de regresso aos tempos em que a fábrica funcionava e o ambiente no seu interior era de calor infernal.As velhas oliveiras que foram colocadas num dos talhões dão um ar rústico ao local mas uma coisa que nunca darão é muita sombra e sombras é o que falta por aqueles lados porque bancos já existem e são daqueles à moderna. Quem visita o jardim percebe o gozo que aquilo deu aos projectistas. O que não percebe é como os cidadãos podem usufruí-lo. Poderão os mais jovens levar toalhas para se deitarem na relva a bronzear? E os mais idosos? Tiram os bonés e torram os miolos ao sol, ou amolecem as ideias de cabeça à chuva?