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A famosa lei do piropo

Sei que O MIRANTE não tem jornalistas na Assembleia da República e que só dá atenção ao que se lá passa quando tem a ver directamente com o Distrito de Santarém. Penso que há assuntos que podem não ter nada a ver com a região mas que poderiam ser tratados pelo jornal. É o caso da chamada Lei do Piropo que foi discutida esta semana na Assembleia da República. Não tenho a tentação de reduzir a discussão ao piropo. Há mais coisas envolvidas mas não deixo de considerar preocupante o facto de o Bloco de Esquerda ter insistido na criminalização do piropo. Na minha opinião há legislação a mais e demasiado mal feita relativa ao assédio sexual. O que os deputados deviam fazer era melhorar o que está feito em vez de andarem a fazer leis atrás de leis cada uma pior que a outra. Não sou de piropos mas de vez em quando faço um galanteio, normalmente a pessoas conhecidas. Acho algo perfeitamente natural. Sei que alguns galanteios que faço são exercícios de sedução para auto-testar se as minhas competências na matéria continuam intactas mas acho um perfeito disparate que isso seja considerado crime. Detestaria viver numa sociedade asséptica, assexuada, fria e distante. Detesto iniciativas como a do Bloco de Esquerda. Sou contra o assédio sexual, nomeadamente quando exercido sobre pessoas subordinadas ou dependentes. De igual para igual sou a favor das tentativas mais ou menos desajeitadas de cada um para estabelecer uma relação amorosa ou meramente sexual. Tudo o que seja criminalizá-las é um disparate.João Carlos Marques Pereira

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