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Enfermeiros que aderem às greves para não serem obrigados a fazer turnos sucessivos 

Tudo o que está aqui escrito é verdade. Nos dias de greve só os grevistas é que têm direitos. A culpa não é do sindicato. É das leis que estão feitas assim e que ninguém tem coragem de mudar. Tenho uma pessoas de família que é enfermeira no Hospital de Abrantes e que várias vezes me contou episódios do género dos relatados pela enfermeira Hélia Chambel. Sei que a questão dos serviços mínimos e outras já foram objecto de discussões e pareceres e lamento que não se tenha encontrado uma solução equilibrada. Já não estamos no período revolucionário. Na altura tudo pendia para o lado dos sindicatos e os não grevistas eram hostilizados e agredidos verbalmente e por vezes fisicamente porque há pessoas de esquerda convencidas que a liberdade é só para os seus camaradas. Estamos em democracia e não deveriam acontecer situações destas. Assobiar para o lado e fingir que está tudo bem não é honesto. Concordo quando a entrevistada lembra que o sindicato que é tão lesto a denunciar horários excessivos e a chamar a atenção para o facto de enfermeiros sobrecarregados não estão em condições de tratar bem dos doentes, tenha a postura que tem nos dias de greve, em que tem possibilidade de evitar tal coisa, fazer exactamente o mesmo. Embora a lei o permita, tal atitude não abona a favor de quem a assume.Serafim Pires NatárioSou a favor das greves porque acho que são um dos pilares da democracia. Sou contra estas situações de desigualdade entre as pessoas que querem fazer greve e as que não querem fazer. As leis se estão mal deveriam ser alteradas. Não pode haver trabalhadores de primeira e trabalhadores de segunda classe. Os deputados gastam demasiado latim e tempo a discutir parvoíces como se os bustos dos Presidentes da República do antigo regime podem ou não estar expostos na Assembleia e esquecem-se de tratar de questões que estão a retirar direitos a cidadãos como é o caso dos que não aderem às greves nos hospitais. E a minha crítica vai também para os jornais e jornalistas. Que eu me lembre é a primeira vez que este assunto é tratado e já dura há quarenta anos.Filomena Candeias

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