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Vereador independente quebra aliança em Ourém e provoca derrota do presidente

Vereador independente quebra aliança em Ourém e provoca derrota do presidente

Vítor Frazão impõe redução do IMI abaixo do que pretendia Paulo Fonseca

O presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca (PS), depois de derrotado na reunião de câmara, pressionou os presidentes de junta de freguesia para evitar que a proposta do vereador fosse aprovada na assembleia municipal mas falhou.

Na reunião de câmara de 16 de Setembro a proposta do presidente, Paulo Fonseca (PS), para baixar o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), dos actuais 0,375% para 0,365%, não foi aprovada porque o vereador independente Vítor Frazão (MOVE - Movimento Ourém Vivo e Empreendedor), com quem o PS tem um entendimento político, apresentou uma proposta alternativa que passou com os votos dos três vereadores da coligação Ourém Sempre (PSD/CDS-PP). Os socialistas têm o mesmo número de eleitos da coligação e Frazão é o fiel da balança.Frazão propôs a fixação do IMI nos 0,33%. Os eleitos da coligação deixaram cair a proposta que tinham feito de 0,325% e votaram a favor. A derrota provocada pelo habitual aliado não foi digerida pelo presidente que tentou tudo para impedir que a mesma fosse aprovada pela assembleia municipal.No dia 29 de Setembro, antes do início da reunião da assembleia municipal, Paulo Fonseca jogou a última cartada. Reuniu com os 13 presidentes de junta de freguesia (que têm lugar por inerência naquele órgão) e avisou-os que se a proposta da oposição fosse aprovada, não teria dinheiro para cumprir os acordos feitos com eles relativos a obras. A ideia era impedir a votação da proposta. A estratégia não resultou. O IMI não foi retirado da Ordem de Trabalhos e foi aprovado por maioria. Só os eleitos do PS votaram contra. No ano que vem o IMI no concelho de Ourém será de 0,33% (prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI). Foi também aprovada uma Derrama sobre o IRC das empresas com um volume de negócios superior a 150 mil euros, no valor de 1,35%. Já depois do início da assembleia municipal, Paulo Fonseca tentou influenciar os eleitos mas a única coisa que conseguiu foi ouvir críticas da oposição. “Votar uma redução de cerca de um milhão de euros na receita da câmara, para além de pôr em causa muitos investimentos e o próprio funcionamento, é uma posição de profunda irresponsabilidade”, disse. A coligação Ourém Sempre (PSD/­CDS/PP) considerou o seu procedimento inadmissível e revelador de falta de cultura democrática. A 15 de Outubro do ano passado o Partido Socialista (PS) fez um acordo com o movimento independente (MOVE) para assegurar a estabilidade da gestão municipal, devido a ter perdido a maioria absoluta nas autárquicas realizadas um mês antes. O MIRANTE contactou o vereador Vítor Frazão para saber se a questão do IMI significava o fim daquele acordo mas não obteve qualquer resposta até ao fecho desta edição.
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