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Do famoso “vinho a martelo” aos vinhos de qualidade

Café de Ciência com casa cheia no Centro de Ciência Viva do Alviela
No dia 24 de Outubro, pelas 21h00, o Centro Ciência Viva do Alviela recebeu, no âmbito da iniciativa “Café de Ciência”, um debate sobre questões ligadas à produção de vinhos com o título «Vinho, muita ciência e pouca parra». Os assistentes ficaram a saber qual a origem da expressão “vinho a martelo” e receberam indicações sobre os segredos dos bons vinhos ribatejanos. José Sassetti, da L3S - Gestão Agrícola e Florestal e hortelão do programa da RTP1 “Chefs’ Academy”, começou por explicar que não se faz bom vinho sem boas uvas. O conhecido agrónomo revelou as principais características que influenciam a qualidade do vinho, nomeadamente o clima, o solo e a genética da planta (características não alteráveis), o microclima, a fertilização, a água, a cobertura do solo, a fitossanidade, a vinificação e o estágio (características alteráveis). Contou também que a famosa expressão “vinhos a martelo” teve origem no Sr. Martell, um francês que conseguiu replantar no século XIX muitas das vinhas do Ribatejo e da Estremadura destruídas pela “filoxera". Mário Andrade, conceituado enólogo, apresentou as castas do Ribatejo, com destaque para o Fernão Pires (casta branca que é utilizada em 73% do território vinícola ribatejano) e o Castelão (casta tinta que é utilizada em 32% do território vinícola ribatejano). Deu também a conhecer as diferentes zonas vinícolas do Ribatejo (charneca, campo ou lezíria e bairro), que produzem vinhos com características distintas. Na opinião do especialista, o Ribatejo tem que melhorar a sua imagem no sector vitivinícola, acabando de uma vez por todas com o conceito de “vinhos a martelo”. Alexandre Gaspar, da Quinta do Arrobe, apresentou as castas utilizadas por esta quinta situada em Casével (distrito de Santarém) e as estratégias que ali são utilizadas para melhorar a qualidade dos vinhos. Um dos vinhos apresentados foi o “5º Elemento-Cabernet Sauvignon”, premiado com a Medalha de Ouro dos melhores Cabernet’s Sauvignon, no concurso Internacional dos Cabernets 2014. O "Café de Ciência" contou com a presença de mais de 70 participantes, que no final das apresentações e de uma conversa informal com os especialistas, puderam provar alguns dos melhores vinhos ribatejanos, comprovando que a produção desta região é de excelente qualidade.

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