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Presidente da AIP não acredita na consolidação orçamental pela via da despesa

José Eduardo Carvalho falou das dificuldades criadas pelo sistema instalado
“Infelizmente, parece que qualquer melhoria que possa haver de solvabilidade do Estado vai ser sempre suportada por aumento de impostos”, afirmou José Eduardo Carvalho, presidente da AIP, aos 210 empresários presentes no seminário “Crescer para expandir: Oportunidades de negócio e de financiamento à inovação e internacionalização – Angola, Brasil e Cabo Verde”, que decorreu em Loulé, no dia 21 de Outubro, uma iniciativa da AIP em parceria com o Banco BIC, a SPI e o NERA e que irá decorrer nas principais cidades do país.A opinião do dirigente assenta na falta de acordo político para rever a Constituição. “É muito difícil mudar preceitos constitucionais que possam favorecer a consolidação orçamental pela via da despesa”, disse. E acrescentou: “Os governos não têm base social de apoio para implementar rupturas e mudanças. A rigidez no sistema de preferências sociais instalado em Portugal privilegia os direitos e as reivindicações em oposição ao mérito e aos resultados que prevalecem nos países da UE que têm excedentes orçamentais”.Salientando a importância dos mercados da CPLP para a sobrevivência das empresas portuguesas durante estes anos de crise, José Eduardo Carvalho lembrou que “mais de 8 mil empresas exportam ou estão em processo de internacionalização para Angola, o que demonstra, de forma inequívoca, a crescente integração económica entre as duas economias". “As exportações para os mercados da CPLP suportaram a produção e ajudaram a sobrevivência do sector de bens transaccionáveis da nossa economia. Em 2013, exportámos 4,5 mil milhões de euros para os mercados da CPLP. Mais de 10% do total das exportações nacionais. Angola representa 70 por cento daquele valor”.Algumas das conclusões do presidente da AIP são partilhadas pelo presidente do Banco BIC, Luís Mira Amaral. “O que se fez deveu-se ao esforço dos empresários porque o Estado não fez o seu trabalho de casa. (...) Não houve corte estrutural da despesa pública mas apenas o corte no vencimento dos funcionários públicos. A austeridade traduziu-se num aumento violento da carga fiscal”, afirmou. Referindo-se à liquidez do Banco BIC, Mira Amaral disse que o mesmo tem dinheiro para apoiar “boas empresas e bons projectos”.

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