Um bando de aves levanta voo com um impressionante pôr do sol ao fundo. Noutra imagem, um horizonte estrelado mostra um mar de estrelas cadentes, corpos celestes que parecem criar fios de seda nos céus. É uma ilusão de óptica, criada através de uma fotografia que durou horas a tirar. Vinte fotos espalhadas pelas paredes mostram-nos instantâneos de paz, natureza, calma, risco, aventura. “É uma viagem ambígua, num tempo sem tempo, transversal à biodiversidade, meio ambiente e misticismo, num espaço em constante mutação”. É assim que se apresenta a exposição (In)Temporal, que Vítor Manike, fotógrafo de Alverca e funcionário do EVOA, inaugurou naquele centro de interpretação e observação de aves, no último fim-de-semana, na Lezíria de Vila Franca de Xira. Vítor é um apaixonado pela fotografia e nos últimos dois anos andou de câmara às costas a fixar em imagens a paisagem inigualável da Lezíria. A exposição que agora ocupa as paredes daquele centro de interpretação, e que fica patente até Janeiro, está inserida nas mostras paralelas da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, que arranca em Novembro. São uma aventura que Vítor partilha com os visitantes, que sentem em cada imagem a emoção de viajar nas asas da fotografia. Filipe Matias