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Câmara de Santarém decide até Junho se regressa à Águas do Ribatejo

Actualmente está a decorrer um estudo para avaliar as condições em que esse passo poderá ser dado. Depois o executivo camarário decidirá. Se a adesão à empresa intermunicipal se confirmar, significa o fim da Águas de Santarém.

Até Junho de 2015 a Câmara Municipal de Santarém vai decidir se adere à empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, que actualmente gere os sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico em sete concelhos da região. Caso se confirme esse passo, a autarquia escalabitana deixa morrer a empresa municipal Águas de Santarém, sucessora dos antigos Serviços Municipalizados de Água e criada por Moita Flores em 2007 após um processo conturbado e litigioso em que cortou amarras com a Águas do Ribatejo.Actualmente está em curso um estudo, a cargo da CIMLT - Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (associação de municípios que esteve na génese da Águas do Ribatejo), que vai avaliar os activos da Águas de Santarém, a sua rentabilidade e as condições de um possível regresso de Santarém à Águas do Ribatejo. “Se vamos acrescentar escala à Águas do Ribatejo devemos ser remunerados por isso”, disse o presidente do município de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), na reunião do executivo de segunda-feira, sublinhando que este processo vai ser muito ponderado.O autarca acrescentou que caso se entenda que as conclusões do estudo são benéficas para a Câmara de Santarém, o executivo camarário será chamado a pronunciar-se sobre a adesão à Águas do Ribatejo, o que deverá acontecer até Junho próximo. Caso o estudo aponte em direcção contrária, o assunto nem chegará a ser posto à apreciação da vereação.O assunto deu farta discussão na reunião de câmara de segunda-feira, com Idália Serrão (PS) a questionar: “Sendo a CIMLT parte interessada, o senhor presidente acha que é isenta para fazer esse estudo?”. A vereadora ressalvou que se trata de uma questão de independência face ao objecto de estudo e que não estava a querer dizer que a CIMLT fosse enganar a Câmara de Santarém. Ricardo Gonçalves respondeu que tanto a Águas de Santarém como a Câmara de Santarém irão “esmiuçar” esse estudo, mas lembrou que em 2005, aquando da primeira adesão de Santarém à Águas do Ribatejo, o quadro foi idêntico.Já o vereador Ricardo Segurado, que lançou o tema, disse ter a sensação de que o PSD está a preparar-se para corrigir um erro que tem oito anos, período que passou desde que a Câmara de Santarém deixou a Águas do Ribatejo devido ao desacordo acerca das contrapartidas que o município escalabitano deveria receber. Referindo que é difícil calcular o que Santarém perdeu com esse passo, disse que “mais tarde do que nunca” e que ficará “satisfeito” se essa decisão vier a acontecer. Os socialistas, refira-se, sempre foram contra a saída da Águas do Ribatejo e consequente criação da Águas de Santarém.

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