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O prestígio de um prémio também depende do prestígio de quem o atribui

Director-Geral de O MIRANTE alertou para a degradação de uma riqueza chamada Tejo
Os prémios Galardão Empresa do Ano, resultado de uma parceria entre a Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém e O MIRANTE, foram criados com a intenção de destacar o trabalho de empresários e empresas da região e a qualidade dos premiados valoriza a iniciativa mas só pode atribuir distinções com prestígio e visibilidade quem tiver o respeito da comunidade e valor reconhecido. A ideia foi defendida pelo director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, no decurso da sua intervenção. “O MIRANTE é o maior jornal regional do país e numa área que abrange 23 concelhos somos líderes em todas as frentes de forma tão destacada dos nossos principais concorrentes como de distancia a terra está da lua”. Quanto à NERSANT é a única associação empresarial da região e eu diria que as outras que existem, se existem, nem se dá por elas. Daí que a parceria para esta iniciativa tenha nascido tão naturalmente como natural é estarmos todos atentos ao que vai ser hoje o nosso jantar”, referiu.Há 14 anos que os prémios Galardão Empresa do Ano são entregues mas algumas dificuldades de ordem operacional têm provocado um ou outro atraso. Este ano a organização decidiu, para acertar calendário, atribuir prémios relativos a 2012 e 2013. Uma situação a que o orador fez referência. “Quem dá nem sempre dá tudo o que pode. Esta máxima aplica-se a este caso. O vosso prémio não tem menos valor por ser dado com algum atraso e esperamos, sinceramente, que o recebam com alegria, porque a nossa intenção é boa e a nossa vontade de valorizar o trabalhos dos empresários e a sua importância na região é genuína e queremos que seja reconhecida, não só entre pares mas junto das comunidades”, pediu. Fez ainda um elogio a todos os gestores e empresários em geral ao declarar que dirigir é, na sua perspectiva, o trabalho mais exigente do mundo. “Temos que saber tudo daquilo que mandamos fazer ou, no mínimo, temos que perceber de tudo sobre aquilo que temos em mãos e que damos nas mãos. Mesmo que a Economia seja o nosso fraco, ai de nós se não soubermos entesar-nos com os homens da banca. Mesmo que as contas não sejam o nosso forte, ai de nós se não soubermos discutir o preço das mercadorias. Mesmo que as finanças sejam Matemática pura e dura, ai de nós se não soubermos fazer contas de cabeça”, explicou.O director geral de O MIRANTE pontuou o seu discurso com algumas referências mais descontraídas, tendo relembrado alguns episódios vividos noutras entregas de prémios. “Ao longo dos anos já vivemos situações dignas de serem contadas Começo por uma que acho deliciosa e que foi da nossa responsabilidade. Numa noite como esta com mais de 500 pessoas na sala e os premiados em cima do palco, percebemos que nos tínhamos esquecido de levar os prémios para a cerimónia. Imaginem uma cerimónia sem os prémios para entregar na hora de chamar os premiados ao palco. Mas foi exactamente isso que aconteceu e sobrevivemos. Outra história deliciosa foi a da presença de membros a mais do Governo da altura, uma situação que gerou algum stress e também riso. Como os lugares das mesas são limitados tivemos um membro do Governo de beicinho por não ter ficado na mesa da organização onde já estava outro membro do Governo”.E com o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, e alguns deputados na sala e tendo atrás de si, no salão da Casa do Campino, uma imagem do Tejo, Joaquim António Emídio, referiu-se à situação do maior rio de Portugal. “É, no entanto, este rio que nos envergonha a todos. Envergonha e um dia talvez seja a nossa desgraça se continuarmos tão distantes do envolvimento cívico a que estamos obrigados contra aqueles que poluem os rios e e o ar que respiramos. O rio lá em baixo é apenas uma memória boa da infância. De vez em quando lembramo-nos que podia ser atracção turística ou porto de embarcações de Verão ou um lugar habitado para namorarmos. Não é assim na maior parte do seu curso desde que entra em Portugal até chegar a Lisboa. E não vale fingir que ele não existe pois quase todos nós já andámos perdidos nas suas marachas ou ficamos angustiados por vermos como as águas inundam os campos e estragam as colheitas nos anos de grandes cheias”, declarou a finalizar, tendo acrescentado que se para o ano não estiver na cerimónia de entrega dos Galardões Empresa do Ano, estará à beira Tejo, na sua horta, onde tem uma dúzia de árvores e “uma maracha para cuidar”.

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