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Câmara de Santarém altera estrutura e cria serviço para a área cultural

As competências na área da cultura estiveram nos últimos anos a cargo de empresas municipais, tendo regressado à esfera da autarquia em 2014.

A Câmara de Santarém foi obrigada a proceder a uma alteração à sua estrutura orgânica para poder incorporar novamente sob a sua tutela os serviços municipais que estiveram durante alguns anos sob a alçada das empresas municipais Cul.Tur e Viver Santarém. Com a reestruturação levada a cabo na Viver Santarém em meados de 2014, essa empresa municipal passou a ficar apenas responsável pela gestão dos equipamentos desportivos da autarquia e pela organização de grandes eventos, nomeadamente o Festival Nacional de Gastronomia.A proposta de alteração à estrutura orgânica da Câmara de Santarém foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo, mas a oposição não deixou de aproveitar para criticar as opções da maioria PSD nos últimos mandatos, que levaram ao desmembramento da antiga Divisão de Cultura. “Esta proposta, no fundo, vem dar razão ao que a oposição tem vindo a dizer nos últimos anos. Retirar da câmara questões relacionadas com a cultura foi uma má estratégia”, disse a vereadora socialista Idália Serrão, acrescentando que essa opção “não trouxe nada de novo” e ainda teve consequências negativas para os funcionários e para as finanças municipais. “Não se fez nada na empresa municipal de cultura que a Câmara de Santarém não fizesse bem feito”, concluiu.“Estamos a repor agora uma divisão orgânica que estava em falta desde o regresso das competências na área da cultura para a câmara”, sublinhou o vereador da CDU Francisco Madeira Lopes, recordando que a força política que representa sempre foi contra a incorporação da cultura numa empresa municipal. E referiu que, por exemplo, o Teatro Sá da Bandeira não melhorou na programação com esse passo e que se não fossem as associações culturais, por vezes, a agenda cultural ficaria vazia em vários meses. A vereadora com o pelouro da cultura, Susana Pita Soares (PSD), disse que vai haver mexidas na gestão dos vários espaços culturais que pertencem ao município, com cada um a ter uma filosofia e um coordenador próprios. O Teatro Sá da Bandeira terá um responsável, o Convento de São Francisco outro e haverá ainda uma terceira pessoa que acumulará a gestão da Casa do Brasil e do Palácio Landal. “Queremos que os espaços sejam complementares e que não se sobreponham em actividades. O caminho que queremos percorrer é o de ter uma oferta diversificada e congregando os agentes culturais” do concelho, afirmou a vereadora, revelando que está receptiva a todas as críticas e sugestões que lhe cheguem.

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