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Este é o tempo em que se fazem balanços e se perspetiva o novo ano. Como se alguma coisa mudasse se nada fizermos para isso. Chegamos a acreditar que qualquer coisa lá fora – talvez um novo Governo ou um novo chefe – poderá mudar duradouramente para melhor se nada fizermos cá dentro. A história repete-se ciclicamente e sempre alimentamos a esperança de que alguma coisa vai ser diferente só porque o ano mudou. Sonhamos com o sucesso.Exigem-nos, em cada instante e como resultado final, sucesso. Mas só sucesso não chega; temos que ser perfeitos.Vivemos numa sociedade fortemente dominada pela apologia do sucesso, em que “nós somos aquilo que fazemos para deixar de ser aquilo que somos”. De tal forma que o ser humano é instrumentalizado em função do que produz e reconhecido somente pelo destaque e aceitação dos resultados das suas ações. Um exemplo paradigmático é aquele que se passa diariamente nas relações humanas. Quando conhecemos uma pessoa pela primeira vez uma das primeiras perguntas é: O que faz? Qual o cargo que ocupa?A versão mais provinciana desta “meritocracia” é aquela em que nos definimos em função do “posto” que ocupamos na hierarquia de poder da organização onde estamos inseridos. E, para além disto, pouco mais há. O Ser (quem sou?) foi esquecido e tudo assenta no efémero resultado do que faço. No campo dos objetivos para o novo tempo, quase, só nos devemos centrar no “foco no Ser”. Isto é, centrar a nossa acção no crescimento e desenvolvimento pessoal do nível de Ser que somos.A grande boa notícia é que isto não depende de qualquer factor externo, mais ou menos, conjuntural ou do contexto em que nos inserimos; não depende de mais ou menos sorte, de condições mais ou menos favoráveis; apenas depende da nossa decisão. Cada um pode decidir que 2015 é um ano de mudança pessoal, mudança positiva. Independentemente de tudo o que possa acontecer à sua volta. A História dá-nos excelentes exemplos de pessoas que nas mais drásticas situações externas conseguiram verdadeiros “milagres”. Somos livres de o fazer, ninguém ou nada nos podem limitar nesta decisão mas também ninguém o pode fazer por cada um de nós. Tudo está na nossa mão e o domínio em que o podemos fazer é infinito, tal como a dimensão dos passos a dar. A decisão e a acção são na primeira pessoa.Definido o propósito, como em todas as grandes caminhadas, a meta atinge-se com pequenos passos. Não comece já hoje, mas sim agora mesmo.Carlos A Cupeto (com Vanessa Schnitzer)

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