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A fotógrafa e aventureira de Santarém que faz das viagens o seu modo de vida

A fotógrafa e aventureira de Santarém que faz das viagens o seu modo de vida

Sandra Guedes viajou um ano e meio pela América Latina e fotografou as mãos de centenas de pessoas que estão agora em exposição na cidade que a viu nascer
“Até aos 25 anos eu tinha uma vida normal”. As palavras são de Sandra Guedes, uma aventureira que há seis anos decidiu trocar o conforto do seu lar, em Santarém, para partir à descoberta do mundo. Juntou o fascínio pelas viagens com o da fotografia e tem uma exposição com 28 fotografias de mãos na Casa do Brasil cheia de histórias. “As mãos da América Latina” são o resumo de uma viagem de um ano por esta região e mostram imagens tão singulares como as mãos enrugadas de um bebé recém-nascido, as mãos envelhecidas de uma sexagenária que lava a roupa num tanque ou as mãos de mulheres indígenas a debulhar o milho para o almoço.A ideia de fazer esta exposição, que metaforicamente mostra “as mãos como símbolo das nossas atitudes”, surgiu na Colômbia quando trabalhava como voluntária na Fundación Montecito. É para essa instituição que quer doar cinquenta por cento dos lucros das vendas dos quadros com o intuito de “dar algo de volta ao país que proporcionou esta exposição”. Sandra Guedes começou a gostar de viagens em pequena, quando o pai lhe mostrava álbuns de fotografias de países como a Argélia e o Egipto, onde trabalhava na construção civil. Deu asas ao sonho e passou a ser uma viajante. Ao início, a família pensou que era apenas uma fase, mas depois percebeu que este era um modo de vida.“Estar em contacto com as pessoas, fazer voluntariados, aprender o que os outros têm para nos ensinar e dar o que de melhor temos”, são para esta jovem os sinónimos do verbo viajar. Sem rodeios, confessa que “o mais fácil é viajar com pouco dinheiro”. As casas dos amigos que vai fazendo, as instituições onde faz voluntariado e o sofá da casa de pessoas hospitaleiras são algumas das económicas opções de alojamento a que recorre. “O que aprendi nas viagens é que a maioria das pessoas são boas”, afirma.Sandra diz que não consegue passar um dia sem fazer uma coisa nova “nem que seja cozinhar algo estrambólico”. Já trabalhou em cruzeiros, como guia turística, como fotógrafa no México, como voluntária numa série de instituições. Hoje, aos 31 anos, a sua única fonte de rendimento vem do trabalho que desenvolve na parte administrativa de uma escola virtual. Já viajou por todo o sul e oeste da Europa e visitou grande parte dos países da América Latina e do Sul, num total de mais de 35 países.
A fotógrafa e aventureira de Santarém que faz das viagens o seu modo de vida

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